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Economia

Correio Braziliense prevê demissão de vice do BB

Deciso de expurgar Ricardo Oliveira, vice-presidente da rea de governo e suposto responsvel pela guerra de intrigas na instituio, j teria sido tomada pelo Planalto

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247 - Reportagem publicada neste domingo no jornal Correio Braziliense prevê a queda do vice-presidente de Governo do Banco do Brasil, Ricardo Oliveira. A decisão já teria sido tomada pela presidente Dilma. Leia:

MISSÃO É DEMITIR RICARDO OLIVEIRA

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COM ROSANA HESSEL E VERA BATISTA

Ainda que a ordem da presidente Dilma Rousseff tenha a sido a de pôr fim à rede de intrigas que tomou conta do Banco do Brasil e de seu fundo de pensão, a Previ, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, tem uma pesada missão pela frente: demitir Ricardo de Oliveira, o Ricardo Gordo, como é chamado, da vice-presidência de Governo do BB. O Palácio do Planalto tem informações consistentes de que foi ele o responsável por alimentar a guerra que quase parou a maior instituição financeira do Brasil e a principal fundação de previdência complementar da América Latina, com ativos de mais de R$ 150 bilhões.

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Oliveira é ligado ao secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e viu sua influência no governo crescer ao se aproximar, em 2002, de Rosemary Noronha, ex-assessora do ex-presidente Lula. Gordo se tornou tão poderoso no BB, que, mesmo a sua vice-presidência sendo responsável pelas relações com órgãos públicos, despacha apenas em São Paulo. Nem mesmo das reuniões semanais de diretoria participa e, quando o faz, é por videoconferência, assinando as atas depois.

Essa presença onipresente em São Paulo levou Oliveira a trabalhar, pesadamente, para a transferência de parte das diretorias do BB, em especial a de Marketing, para debaixo de suas asas, projeto que foi abortado depois que Dilma foi avisada do que estava por trás da iniciativa: garantir verbas publicitárias para favorecer o PT nas eleições paulistas. Foi em São Paulo, inclusive, que Gordo se aproximou de Allan Simões Toledo, demitido da vice-presidência da área Internacional do BB no fim do ano passado, devido às suspeitas de que teria movimentado, ilegalmente, quase R$ 1 milhão em suas contas.

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Como responsável pelo contato com as grandes empresas clientes do BB, Simões passou a ser peça importante no desejo de Oliveira de se aproximar mais do capital. O fim da amizade entre os dois, porém, foi repentino. E, pelo que já detectou o Planalto, esse rompimento pode ter detonado a guerra no banco, incluído a Previ no jogo de intrigas e resultado na quebra de sigilo do ex-vice-presidente do BB. A única coisa que os assessores de Dilma ainda não conseguiram descobrir foi o real motivo das desavenças entre Simões e Oliveira. Mas se está perto da descoberta.

Leia reportagem anterior do 247 sobre o caso:

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247 – Reportagem publicada neste domingo no Estado de S. Paulo revela que a crise no Banco do Brasil e na Previ está perto de ser superada, mas ainda deve provocar uma demissão importante: a do vice-presidente do Governo, Ricardo Oliveira. Conhecido como “Gordo”, no Banco do Brasil, ele tem sido apontado como o principal responsável pela guerra de intrigas entre a instituição e a Previ, o fundo de pensão dos funcionários. De acordo com um interlocutor da presidente Dilma Rousseff, ouvido pelo jornal, a decisão do Planalto já teria sido tomada. “O Ricardo Oliveira está acabado”, disse a fonte ao jornal.

Dilma teria tomado sua decisão em razão de um golpe baixo: a quebra do sigilo bancário do ex-vice-presidente Allan Toledo e de uma aposentada, Liu Mara Zerey, que se trata de um câncer. De acordo com o jornal, Dilma teria mandado dizer aos dirigentes da instituição financeira que o sigilo dos dados dos correntistas é “crucial e sagrado”. Sua preocupação é evitar que um novo caso Francenildo Costa, caseiro que teve seus dados violados em 2006, venha a abalar a República. De acordo com o deputado federal Augusto Carvalho (PPS-DF), ligado aos bancários, a crise atual é “a mais grave da história da instituição”.

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Leia, abaixo, reportagem anterior do 247 que mencionou a possível queda do vice-presidente Ricardo Oliveira:

247 – “Horrorizada”. Essa foi a expressão utilizada por interlocutores da presidente Dilma Rousseff para descrever sua reação ao saber que vários jornalistas estavam recebendo dados financeiros de um ex-vice-presidente do Banco do Brasil, Allan Toledo, e de uma aposentada com câncer, Liu Mara Zerey. Este dossiê seria fruto da guerra por cargos no Banco do Brasil e na Previ. Ontem mesmo, assim que a denúncia sobre as movimentações de Allan Toledo e Liu Mara Zerey foi publicada na Folha de S. Paulo, 247 foi o primeiro veículo de comunicação brasileiro a denunciar a quebra de sigilo bancário, a exemplo do que ocorrera com o caseiro Francenildo Costa (leia mais aqui). E Dilma enfatizou que não admitiria outro caso Francenildo na Esplanada dos Ministérios. Na noite ontem, o Ministério da Fazenda divulgou nota informando a abertura de sindicância para apurar se o próprio Banco do Brasil vazou informações financeiras de seu ex-vice-presidente nessa guerra suja pelo poder (leia mais aqui).

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Dilma também quer que essa confusão saia das páginas dos jornais, pois, segundo a presidência da República, “roupa suja se lava em casa”. E, se isso acontecer, tanto o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, como o da Previ, Ricardo Flores, poderão preservar seus cargos. O mesmo não pode ser dito do verdadeiro pivô da crise. É o vice-presidente da área de Governo do Banco do Brasil, Ricardo Oliveira, que estimulou a guerra de intrigas e acusações entre a maior instituição financeira e o maior fundo de pensão do País. A informação está no Painel da Folha de S. Paulo, da jornalista Vera Magalhães, na nota Por uma Cabeça. “No governo, as opiniões se dividem sobre quem deve sair. Uma ala quer a cabeça do vice-presidente de governo, Ricardo Oliveira, apontado como operador da briga entre os operadores do BB, Aldemir Bendine, e da Previ, Ricardo Flores. Isso serviria de aviso para que os mentores cessassem o tiroteio.”

Desde o início da confusão no Banco do Brasil, 247 tem alertado que Ricardo Oliveira é o verdadeiro nome da crise (leia mais aqui). Articulador político e próximo ao ministro Gilberto Carvalho, foi ele o responsável pela indicação dos dois últimos presidentes do BB: Lima Neto e Aldemir Bendine. Na virada do governo Lula para o governo Dilma, ele tentou fazer de Bendine presidente da Vale, mas fracassou, porque não contou com o apoio do presidente da Previ, Ricardo Flores. Desde então, começou a guerra entre o banco e seu fundo de pensão, que corre o risco de se transformar em caso de polícia, com a quebra de sigilo bancário, denunciada ontem.

Discretíssimo, Ricardo Oliveira está tendo uma exposição que jamais desejou para si. Além de citado como possível cabeça a ser cortada no Painel da Folha, ele também mereceu um perfil no Estado de S. Paulo, assinado por David Friedlander, onde é chamado de “Ricardo Gordo”, seu apelido no BB, e apontado como o grande articulador da crise. Ontem, Ricardo Oliveira foi a Brasília, em busca de apoio político para permanecer no banco. Valendo-se do cargo, ele ajudou vários parlamentares a arrecadar recursos para suas campanhas. Além do ministro Gilberto Carvalho, ele também é muito próximo do deputado Paulo Teixeira, do PT de São Paulo. Ontem, Oliveira almoçava sozinho numa mesa do restaurante Gero. Lá, esta foto foi tirada por um de seus muitos desafetos no Banco do Brasil.

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