De fraco a forte, Mantega passa a depender de resultados
Ministro da Fazenda se fortaleceu quando a revista The Economist pediu a sua cabeça; mas a marola midiática já passou e o PIB tem de crescer



247 – Quando parecia mais fraco, atordoado pelo efeito do 'pibinho' do terceiro trimestre, o ministro Guido Mantega passou a ser o ministro mais forte do governo – e ele nem precisou fazer nada para chegar a esse ponto. É à revista inglesa The Economist a quem ele deve agradecer. Sem meias palavras, a publicação cravou que, se estivesse interessada em sua próprioa reeleição, a presidente Dilma Rousseff teria como único caminho demitir Mantega imediatamente. Foi o bastante para um pronunciamento direto da presidente, que afirmou que não seria uma revista estrangeira que diria a ela o que fazer.
Mantega continuar a estar, portanto, ministro da Fazenda no acender das luzes de 2013. Mas, passada a marola midiática, precisa, mais do que nunca, mostrar resultados. E não apenas. Há, de diferentes setores, cobranças por uma mudança de postura. Menos otimismo encantador e mais realismo norteador. O próprio Mantega lembrou que poderia se tornar o único ministro no mundo a cair por ser otimista – mas quando há superavaliação de resultados e minimização de problemas, isso soa mais como enrolação.
Outra crítica é à hiperatividade do governo, que vem baixando medidas em série, praticamente, todas as semanas. O natural relaxamento da virada do ano pode fazer ao ministro e sua equipe. Talvez prevaleça a avaliação de que o momento é mais para aguardar o resultado do que, ainda esta vez, provocá-lo.
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