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Dia de recordes nos EUA

Mas todos eles foram negativos. O dficit fiscal foi o maior de toda a histria do pas

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Os Estados Unidos garantiram um lugar no Guinness, o livro dos recordes, nesta quinta-feira. O país fechou fevereiro com um déficit fiscal de US$ 225,5 bilhões, o maior de todos os tempos, informou o Departamento do Tesouro. As despesas ficaram perto de US$ 333 bilhões. Por outro lado, as receitas não superaram US$ 110 bilhões. Nos primeiros cinco meses do ano fiscal com início em outubro o déficit acumula um total de US$ 641,3 bilhões, 1,6% abaixo do mesmo período do ano anterior.

É mais um desafio para o já criticado secretário do Tesouro, Timothy Geithner. O orçamento dos EUA mostrou saldo negativo de maneira contínua nos últimos 29 meses. Segundo o Escritório de Orçamentos do Congresso (CBO), o déficit fiscal dos EUA alcançará, no ano fiscal 2011, o número recorde de US$ 1,5 trilhão, elevando as previsões de agosto, quando se imaginava que o déficit seria de US$ 1,07 trilhão.

As más notícias relativas às contas públicas começaram com a divulgação do déficit comercial do país, que cresceu 15,1% em janeiro, para US$ 46,34 bilhões, ante os US$ 40,26 bilhões registrados em dezembro do ano passado, informou hoje o Departamento do Comércio. O déficit de janeiro foi o maior em sete meses e refletiu o aumento nos preços das importações do petróleo, que zerou o efeito da alta das exportações. Economistas esperavam um déficit comercial de US$ 41,5 bilhões em janeiro.

O déficit ajustado à inflação - que os economistas utilizam para medir o impacto do comércio no Produto Interno Bruto (PIB) - subiu para US$ 49,51 bilhões em janeiro, ante US$ 46,05 bilhões em dezembro. As exportações norte-americanas cresceram 2,7% em janeiro, para o recorde de US$ 167,74 bilhões, enquanto as importações saltaram 5,2%, para US$ 214,08 bilhões. O valor das importações de petróleo atingiu US$ 24,51 bilhões em janeiro, ante US$ 22,54 bilhões em dezembro. O preço médio do barril saltou US$ 4,56, para US$ 84,34, o maior valor desde outubro de 2008. Em termos de volume, as importações subiram para 290,67 milhões de barris, ante 282,58 milhões de barris em dezembro.

De acordo com o Departamento do Comércio, o déficit comercial dos EUA com a China subiu 12,5%, para US$ 23,27 bilhões em janeiro. No período, as importações subiram 1,8%, para US$ 31,35 bilhões, e as exportações caíram 20,2%, para US$ 8,08 bilhões.

O déficit dos EUA com a maior parte dos parceiros, incluindo México, Canadá e zona do euro (que reúne os 17 países que utilizam o euro como moeda), permaneceu relativamente estável. O déficit com o Japão caiu mais de 15%, para US$ 4,98 bilhões. Já o déficit com os países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) subiu quase 20%, para US$ 9,95 bilhões, o maior desde outubro de 2008

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