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Economia

Dilma: "venda da Eletrobrás é assalto ao povo"

Entreguismo de Bolsonaro prejudica o Brasil: “País precisa de uma malha de indústrias para mudar de patamar e não cair na armadilha de virar uma grande fazenda”

Dilma Rousseff e a Eletrobrás (Foto: Ricardo Stuckert | Reuters)
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Por Agência PT - A privatização da Eletrobrás não é apenas mais uma entrega do patrimônio brasileiro pelo governo Bolsonaro ao capital estrangeiro, mas também um ataque à dignidade do povo brasileiro, por conta dos abusivos aumentos do preço da energia. Trata-se de uma ampla estratégia de destruição total do Estado pelo governo. A ex-presidenta Dilma Rousseff denuncia que a estratégia do governo vai levar a transformação do país em uma grande fazenda por meio de um processo de desindustrialização, feita a toque de caixa.

Ela diz que o governo arma mais um golpe contra a soberania nacional e consolida a posição do Brasil na vanguarda mundial do atraso econômico. “A Eletrobrás funciona na medida em que já tem muita usina já amortizada, com investimento já pago pelos brasileiros, e isso está prorrogado até 2042. [Com a privatização], a conta de luz vai quadruplicar, quintuplicar, é um absurdo”, denuncia.

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“E é um absurdo porque o país precisa ser reindustrializado, precisa de um processo de criação de uma malha de indústria, não só de grandes, mas de pequenas e médias indústrias que façam com que um país possa mudar de patamar e não caia na armadilha de virar uma grande fazenda”, alerta.

“Falam muito no custo Brasil. Aumentar a tarifa de energia para beneficiar comercializadores de energia, que é o que estão fazendo, é um absurdo contra a indústria e o pequeno comerciante”, critica. Ela adverte que as tarifas de energia poderão subir ainda mais.

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“Estamos experimentando um processo acelerado de desindustrialização”, adverte Dilma. “Como você vai reindustrializar [o país] sem ter energia, em quantidade significativa, e a preços módicos?”, questiona. “Vender a Eletrobrás por R$ 20 bilhões é um acinte”, criticou a ex-presidenta, para quem o parque hidrelétrico da empresa vale, no mínimo, uns R$ 400 bilhões. Ela fala com conhecimento de causa. Graças às medidas adotadas durante o seu governo, o fornecimento de energia barata foi garantido à população.

Dilma voltou a reforçar a dimensão e o papel crucial da indústria no desenvolvimento econômico de um país, mencionando o exemplo chinês. “Os EUA são o país mais rico do mundo e perdem para a China, que tem hoje um parque industrial que é a fábrica do mundo”, define.

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“No processo de transformar os bancos e as instituições financeiras nas instituições dominantes da economia americana, [os EUA] perderam o bonde da história”, opina. Dilma lembra o pacote de trilhões de dólares de injeção na economia americana de Joe Biden, dos quais 30% são abocanhados pela China.

Ela também avaliou a atual etapa do processo de privatização da empresa, que está sob análise do Tribunal de Contas da União (TCU) por irregularidades e suspeita de fraude, conforme vem denunciando o PT e especialistas do setor elétrico. E denuncia o papel do Ministério de Minas e Energia de Bolsonaro no golpe contra o povo. Análise do TCU aponta para uma subavaliação do valor da outorga da empresa, de R$ 23,2 bilhões.

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Para Dilma, com todos os problemas no processo, e a menos de um ano das eleições, “deveria ser proibido esse tipo de transferência de ativos. O que deixa de herança maldita… É um absurdo”. E conclui: “Nenhum país do mundo que tenha a dominância que a energia hidroelétrica tem, como na matriz brasileira, privatizou suas empresas”. E cita o caso dos EUA, que mesmo com um percentual baixo na matriz, nunca permitiu a privatização da energia hidrelétrica. “É a soberania em jogo”.

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