Dinheiro manchado não vale mais
Banco Central decide tirar de circulao as cdulas de Real marcadas por dispositivo antifurto. Existem 75 mil circulando no Pas
No dia 18 de maio, o Banco Central anunciou que os cidadãos que recebessem notas marcadas por dispositivos antifurto deveriam apresentá-las aos bancos e, se elas fossem legítimas, haveria ressarcimento. Hoje, a instituição decidiu que essa regulação será mais rígida: não haverá ressarcimento em caso de notas marcadas, exceto em casos de acidente ou furto frustrado e de problema na emissão em caixas eletrônicos. Isto quer dizer que as notas manchadas com sinal antifurto não valem mais nada. Atualmente, algumas máquinas possuem esses mecanismos que, por exemplo, mancham de tinta as cédulas assim que ocorre tentativa de furto por meio de explosão.
Segundo o BC, o portador de uma nota manchada deverá encaminhar a cédula a uma agência bancária para que esta encaminhe para o Banco Central, onde a nota ficará retida para uma análise. Caso seja comprovada que a mancha é do dispositivo antifurto, o portador não terá direito ao ressarcimento do valor. Se ficar comprovado que a nota não foi manchada pelo dispositivo, o banco providenciará a troca da nota. O Banco Central recomenda a população para que não aceite notas que tenham sido danificadas. O objetivo da medida é conter o avanço dos casos de furtos a caixas eletrônicos.
O diretor de administração do BC, Altamir Lopes, estimou hoje que no máximo 75 mil cédulas marcadas por dispositivo antifurto não foram retiradas de circulação. Segundo ele, os valores das cédulas atingidas são diferenciados. O cálculo foi feito levando-se em conta uma taxa de "sucesso" de 50% nas tentativas de roubo em caixas eletrônicos com dispositivo antifurto.
Altamir explicou que a regulamentação sobre as notas marcadas por esse dispositivo é semelhante à das notas falsificadas, em que também não há ressarcimento para quem detém a cédula. O objetivo do BC com essa normatização mais rigorosa é fechar o ciclo envolvendo os roubos de caixas eletrônicos, dificultando a circulação das notas marcadas. "A recomendação é que a população evite receber essas notas", disse Altamir.
Questionando sobre a mudança na regulação, Altamir se limitou a dizer que ocorreu porque nas discussões se entendeu que era melhor se trabalhar com as regras que foram publicadas hoje. O diretor destacou que nos casos em que, após a análise do BC, for comprovada a mancha por dispositivo antifurto, as informações - inclusive os dados de quem apresentou a nota marcada ao banco - serão levadas às autoridades policiais para investigação criminal. Altamir destacou que o procedimento em relação às cédulas manchadas é uniforme, ou seja, independe de a mancha ser grande ou pequena.
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