Diretor financeiro da Petrobrás sinaliza nova política de dividendos e diz que empresa não pode ser tratada como estacionamento
"A Petrobrás tem que investir mais do que tem feito", reforçou o dirigente Sergio Caetano Leite
247 - O diretor financeiro e de relacionamento com investidores da Petrobrás, Sergio Caetano Leite, afirmou que o grupo de trabalho responsável por estudar a revisão da política de dividendos terá conclusões até o fim de julho. De acordo com o executivo, "não faz sentido" a empresa "ser tratada como um estacionamento, um lugar com poucos investimentos". Dividendo é uma parte do lucro de uma instituição e que é distribuído para acionistas. A companhia tem atuação na indústria de óleo, gás natural e energia. "A Petrobrás tem que investir mais do que tem feito", disse Leite durante coletiva de imprensa no Centro de Pesquisas da Petrobrás, no estado do Rio de Janeiro.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende estancar as privatizações colocadas em prática pelos governos Michel Temer e Jair Bolsonaro. Por consequência, a ideia é que a empresa tenha mais atuação voltada para o mercado nacional. De acordo com o presidente da companhia, Jean Paul Prates, o plano estratégico da empresa para 2024 a 2028 deverá prever cerca de US$ 78 bilhões (R$ 375 bilhões) em investimentos. A petrolífera é uma sociedade anônima de capital aberto - valores mobiliários negociados na Bolsa de Valores.
Em coletiva de imprensa, Caetano Leite reforçou que "a área de petróleo e gás requer investimento intensivo". "O nível de pagamento dos dividendos deve ser parecido com o das empresas congêneres", disse. Congênere é um termo em referência a empresas que trabalham no mesmo ramo de outra companhia.
O dirigente financeiro também comentou sobre a periodicidade da remuneração aos acionistas e disse que essa decisão será do conselho de administração da companhia, a partir dos levantamentos do grupo de trabalho. "A prévia do estudo está muito consistente", continuou. "Na gestão anterior, quando a intenção era vender a companhia, era interessante pagar muito dividendo. Agora, vamos ver o que está de acordo com a nova visão da Petrobrás".
