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Economia

Dólar acompanha exterior e recua após ata do Fed

A moeda norte-americana oscilou entre R$ 5,3450 (-0,65%) e R$ 5,4134 (+0,62%)

Dívida pública dos EUA bate recorde e vai a mais de US$ 21 trilhões (Foto: REUTERS/Jo Yong-Hak)
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Por Luana Maria Benedito

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em queda frente ao real nesta quarta-feira, acompanhando o tombo da moeda norte-americana no exterior após a publicação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve, embora incertezas sobre como ficará o texto final da PEC da Transição tenham limitado as perdas.

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A moeda norte-americana à vista teve queda de 0,17%, a 5,3709 reais na venda, depois de trocar de sinal algumas vezes durante a sessão. O dólar oscilou entre 5,3450 (-0,65%) e 5,4134 reais (+0,62%) nesta quarta-feira.

A ata da última reunião de política monetária do banco central dos Estados Unidos mostrou que uma "maioria substancial" dos formuladores de política monetária concordou que "provavelmente seria apropriado em breve" desacelerar o ritmo das altas das taxas de juros.

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O índice que compara o dólar a uma cesta de seis pares fortes acelerou suas perdas na esteira da publicação da ata, e, por volta de 16h50 (de Brasília), despencava 0,9%.

Uma moderação no ritmo de alta de juros pelo banco central provavelmente abriria espaço para a valorização de moedas consideradas mais arriscadas, dizem especialistas, já que tornaria o diferencial de juros entre os EUA e outras economias menos favorável à maior economia do mundo.

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Apesar da queda do dólar nesta quarta-feira, Leonel Mattos, analista de inteligência de mercado da StoneX, citou a permanência de "ambiente de incerteza e cautela dos investidores por conta da falta de consenso a respeito do texto da PEC da Transição".

A PEC --que o governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva busca aprovar para permitir gastos extra-teto a partir do ano que vem-- deve ser mais uma vez adiada por falta de consenso sobre o prazo de exceção do programa Bolsa Família do teto de gastos, depois de mais uma reunião do Conselho Político da Transição, disse a presidente do PT, Gleisi Hoffman, nesta quarta-feira.

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O governo eleito inicialmente propôs na PEC um gasto extra-teto de quase 200 bilhões de reais por tempo indeterminado, mas boa parte dos mercados espera que o texto possa ser enxugado nas negociações com o Congresso.

O senador Marcelo Castro (MDB-PI), relator-geral do Orçamento de 2023, disse à Reuters nesta quarta avaliar que a PEC precisará contemplar despesas de pelo menos 100 bilhões de reais fora do teto, sob o risco de as contas se ficarem inexequíveis.

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Caso se consolide um cenário fiscal excessivamente agressivo em termos de gastos, "o câmbio, que é a variável que está relativamente calma neste momento, vai piorar bastante", disse Gustavo Arruda, chefe de pesquisa para América Latina do banco francês BNP Paribas, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira.

"É meio que a parte que está faltando para a gente ver um cenário mais negativo. Câmbio é uma variável que preocupa por ter se movimentado pouco ainda" em meio aos crescentes riscos fiscais domésticos, disse Arruda.

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Ele chamou a atenção para o forte estresse no mercado de juros futuros, onde as taxas dos principais DIs dispararam rapidamente diante das incertezas sobre a PEC, chegando a precificar novas altas de juros pelo Banco Central no ano que vem.

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