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      Dólar cai 2% e interrompe três altas semanais

      Queda da moeda norte-americana ante o real nesta sexta-feira 20, diante do bom humor generalizado nas praças financeiras internacionais, anula os ganhos acumulados na semana; dólar caiu 2,01%, a R$ 3,2302 na venda  

      Queda da moeda norte-americana ante o real nesta sexta-feira 20, diante do bom humor generalizado nas praças financeiras internacionais, anula os ganhos acumulados na semana; dólar caiu 2,01%, a R$ 3,2302 na venda   (Foto: Gisele Federicce)
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      Por Bruno Federowski

      SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou em queda de 2 por cento ante o real nesta sexta-feira, anulando os ganhos acumulados na semana e interrompendo sequência de três altas semanais, diante do bom humor generalizado nas praças financeiras internacionais.

      Operadores citaram uma série de fatores para explicar o clima favorável, incluindo o tom mais cauteloso adotado pelo Federal Reserve em sua decisão de política monetária nesta semana, o programa de compra de títulos do Banco Central Europeu (BCE) e a promessa de reformas da Grécia.

      Isso acabou deixando de lado, por ora, os atritos entre o governo e o Congresso e preocupações com o ajuste fiscal, mas operadores mantiveram essas questões no radar. Segundo eles, o quadro de apreensão deve sustentar a volatilidade nas próximas sessões.

      A moeda norte-americana caiu 2,01 por cento, a 3,2302 reais na venda. Na semana, o dólar caiu 0,58 por cento ante o real, após subir nas três semanas anteriores.

      A divisa atingiu 3,2017 na mínima do dia, mas reduziu as perdas na segunda metade da sessão à medida que investidores compraram dólares para se protegerem de possíveis notícias negativas no fim de semana.

      Pela manhã, a moeda dos EUA chegou a subir, atingindo 3,3164 reais na máxima da sessão, maior nível em quase 12 anos. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 1,7 bilhão de dólares.

      "O mundo inteiro está vendendo dólares e o resultado é uma trégua aqui. Resta saber se ela vai ser duradoura ou não", disse o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.

      O euro, por exemplo, subia cerca de 1,5 por cento ante o dólar nesta sessão e caminhava para marcar o maior ganho semanal desde o início de 2013, pouco após o BCE começar a imprimir dinheiro para comprar títulos soberanos europeus. Também ajudou esse movimento a perspectiva de que os juros norte-americanos vão demorar um pouco mais para começar a subir e isso acontecerá de forma mais lenta.

      "O Fed está sendo muito claro sobre o que está fazendo. Quando começar o aperto, será tão lento e mitigado que não terá um grande impacto", afirmou a analista do Bulltick Katherine Rooney Vera.

      Nesse contexto, o real ganhou fôlego após se desvalorizar firmemente nas últimas semanas. Investidores temem que as turbulências políticas dificultem ainda mais o reequilíbrio das contas brasileiras e têm cada vez mais dúvidas sobre se o programa de intervenção diária do Banco Central no câmbio será estendido além deste mês.

      "Ajustes de cotação no curto prazo podem ser verificados, mas o processo de realinhamento de preços ainda continua", escreveram analistas da Lerosa Investimentos em nota a clientes.

      Nesta manhã, o BC brasileiro deu continuidade às rações diárias vendendo a oferta total de até 2 mil swaps cambiais, que equivalem a 97,4 milhões de dólares. Foram vendidos 650 contratos para 1º de dezembro de 2015 e 1.350 para 1º de março de 2016.

      A autoridade monetária também vendeu a oferta integral no leilão de rolagem dos swaps que vencem em 1º de abril. Até agora, rolou cerca de 53 por cento do lote total, que corresponde a 9,964 bilhões de dólares.

      (Reportagem adicional de Asher Levine)

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