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Economia

Dólar caiu e bolsa subiu no mercado futuro após vídeo da reunião ministerial

Análise do chamado "mercado financeiro" é a de que Bolsonaro mais ganhou do que perdeu com a fita

(Foto: Reuters)
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Do Infomoney – A sessão foi de queda para a bolsa brasileira durante toda essa sexta-feira (22), com o Ibovespa à vista fechando em baixa de 1,03%, a 82.173 pontos.

Além da tensão internacional maior, o ambiente era de aversão ao risco por conta da expectativa pela autorização pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), da divulgação da gravação da reunião ministerial de 22 de abril. O material foi apontado pelo ex-ministro Sérgio Moro como prova de que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tentou interferir na autonomia da Polícia Federal.

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A expectativa era de que o vídeo fosse divulgado às 17h (horário de Brasília), no final do pregão. E foi o que aconteceu. Ou seja, o índice à vista não reagiu ao conteúdo dos vídeos em si, mas à notícia de que ele foi revelado.

Contudo, após às 17h e conforme o conteúdo dos vídeos ia sendo revelado, o índice futuro com vencimento em junho (que encerra as operações apenas às 18h) passou a registrar ganhos, fechando com expressiva alta de 1,30%, a 84.330 pontos (conforme pode ser observado no gráfico abaixo, da Bloomberg):

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O movimento ocorreu em meio às avaliações – ainda que iniciais  – de que não há informações novas relevantes de forma a elevar ainda mais risco ao ambiente político e de colocar a perder o apoio que o presidente Bolsonaro ainda mantém de seu eleitorado.

O dólar futuro, que inicialmente ampliou a alta com a decisão de Mello, também mudou de rumo e passou a cair, fechando em baixa de 0,29%, a R$ 5,540.

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“O mercado ficou mais de duas semanas apreensivo com o que poderia ter no conteúdo desse vídeo. Esse risco saiu da frente e o mercado ajusta”, apontou David Cohen, da Paineiras Investimentos, à Bloomberg.

Na mesma linha, Bruce Barbosa, analista da Nord Research, ressalta: “houve zero surpresas, o que tinha de ruim no vídeo já tinha vazado na imprensa antes. O Bolsonaro fala o que fala normalmente”.

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Para Barbosa, as preocupações do mercado com as incertezas políticas se reduzem consideravelmente com a falta de novidades no vídeo, que se conjuga ao consenso atingido entre presidente e governadores em torno do veto ao reajuste dos salários de servidores públicos.

Sobre o aceno ao Centrão realizado nos últimos dias, o analista entende já ser notícia velha e a mais fraca, pois é preciso ver até onde vai esse entendimento com o Congresso. Se é uma trégua temporária ou algo que possa garantir a continuidade das reformas econômicas no futuro após a pandemia.

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No dia 14 de maio,  a Advocacia-Geral da União (AGU) já havia enviado um parecer ao Supremo em que se manifestou a favor da retirada do sigilo da reunião ministerial, mas que apenas os trechos em que o presidente Jair Bolsonaro fala fossem divulgados. Nesse documento,  a AGU ainda apresentou transcrições de alguns trechos em que o presidente falava sobre uma possível intervenção na PF.

“Já tentei trocar gente da segurança nossa no Rio de Janeiro oficialmente e não consegui. Isso acabou. Eu não vou esperar f. minha família toda de sacanagem, ou amigo meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança da ponta de linha que pertence à estrutura. Vai trocar; se não puder trocar, troca o chefe dele; não pode trocar o chefe, troca o ministro. E ponto final. Não estamos aqui para brincadeira”, disse ele.

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Contudo, as reações são preliminares e o conteúdo do vídeo ainda está sendo analisado, assim como as consequências políticas. Ou seja, será necessário acompanhar os desdobramentos jurídicos e políticos nos próximos dias.

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