Dólar derrete, mas balança comercial sobe

Os resultados da balança comercial do Brasil têm sido um duro golpe nos empresários que se queixam do dólar barato. A moeda americana encontra-se no menor nível desde setembro de 2008, mas o saldo das transações comerciais deram um salto nos três primeiros meses do ano. A balança comercial brasileira acumula superávit de US$ 3,173 bilhões em 2011 até março, de acordo com os dados do MDIC. No mesmo período do ano passado, a balança registrou saldo positivo de US$ 882 milhões. A corrente de comércio (soma das exportações e das importações) chegou a US$ 99,29 bilhões, superando em 28% o total de US$ 77,58 bilhões apurado em igual período de 2010.

Até março, as exportações totalizaram US$ 51,2 bilhões, com média diária de US$ 826,3 milhões, equivalentes a um crescimento de 28,5% ante a média de US$ 643,1 milhões registrada no mesmo período de 2010. Neste ano, as importações já chegam a US$ 48 bilhões, com média diária de US$ 775,2 milhões, valor 23,3% superior à média de US$ 628,7 milhões registrada em igual período do ano passado.

A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 1 552 bilhão em março, de acordo com dados divulgados hoje pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). No mês, as exportações somaram US$ 19,286 bilhões, com média diária de US$ 918,4 milhões, enquanto as importações atingiram US$ 17,734 bilhões, com média de US$ 844,5 milhões.

Em relação à média diária de embarques de março do ano passado, houve crescimento de 34,3%, enquanto ante fevereiro deste ano houve aumento de 9,8%. No caso das importações, o valor foi 29% superior à média registrada no terceiro mês de 2010 e 8,7% maior que o apurado em fevereiro deste ano. No quarta semana de março, a balança comercial brasileira teve superávit de US$ 277 milhões. Entre os dias 21 e 27, as exportações totalizaram US$ 4,616 bilhões e as importações, US$ 4,339 bilhões. Na quinta semana (do dia 28 ao dia 31), houve superávit de US$ 534 milhões, com US$ 3,760 bilhões em vendas e US$ 3,226 bilhões em compras do exterior.