CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Economia

Dólar dispara com desgoverno e desconfiança do mercado em relação a Guedes e Bolsonaro

Em dia de decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa de juros do Brasil, o dólar subiu 1,21% nesta quarta-feira (28), vendido a R$ 5,754. No ano, tem valorização de 41,80%. Dupla Bolsonaro-Guedes fracassa e não consegue convencer o mercado de que vale a pena investir no País

Dólar e Paulo Guedes com Jair Bolsonaro (Foto: Reuters | Reuters/Adriano Machado)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 - Em dia de decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa de juros do Brasil, o dólar subiu 1,21% às 9h27 desta quarta-feira (28), vendido a R$ 5,754. Na máxima, a moeda norte-americana bateu R$ 5,7605, maior cotação intradia (que acontece num só dia) desde 19 de maio (R$ 5,7644). Na parcial do mês, o dólar teve alta de 1,20%. No ano, tem valorização de 41,80%.

O Copom do Banco Central anuncia nesta quarta, por volta das 18h, a nova taxa básica de juros. O mercado financeiro tem a expectativa de que a Selic seja mantida em 2%, apesar da pressão da disparada dos preços dos alimentos. É comum aumentar a taxa de juros para segurar a inflação - com juros mais altos, as pessoas têm menos dinheiro para gastar e, por consequência, há uma estagnação no aumento dos valores dos alimentos. 

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

De acordo com John Woolfitt, diretor de trading do Atlantic Capital Markets, "os mercados globais parecem estar incrivelmente nervosos, o misto de alta nos casos de Covid-19 e mortes e o potencial lockdown na França somam-se à incerteza antes das eleições nos EUA e você tem esse pano de fundo bastante fraco". Seu relato foi publicado pelo portal G1

A alta do dólar reflete a desconfiança do mercado em relação a Jair Bolsonaro e ao seu ministro da Economia, Paulo Guedes. Os juros estão baixos, porém o governo ainda não conseguiu gerar a demanda necessária para assegurar um forte mercado consumidor interno e atrair investidores. 

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Corte de direitos e investimentos públicos são dois pilares do ultraneoliberalismo da atual gestão e do governo Michel Temer que enfraqueceram o poder de consumo nos últimos anos. 

A inflação percebida pelos brasileiros mais pobres é  mais do que triplo na comparação com a das pessoas de maior poder aquisitivo em 2020. De janeiro a outubro, a inflação das famílias de renda muito baixa foi de 3,68% e a da alta renda, 1,07%. Nos 12 meses encerrados em outubro, a inflação percebida pelas famílias de renda mais baixa subiu a 5,48%, acima da meta de 4,0% perseguida pelo Banco Central.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Com o dólar valorizado em relação ao real, produtores dão preferência á exportação - real desvalorizado estimula a exportação, pois deixa os produtos brasileiros mais baratos lá fora, e desestimula a importação, porque encarece o preço dos produtos importados. Na medida em que se prioriza a venda para o exterior, há menos oferta de alimentos no Brasil, levando à subida dos preços. O valor da carne, por exemplo, deve continuar em alta até o final deste ano

Atendendo à lógica ultraneoliberal, o governo brasileiro tem preferido exportar petróleo e importar derivados, que ficam mais caros à medida que o dólar sobe - em consequência, aumenta o custo da distribuição logística dos alimentos. A forma de negociar as transações comerciais envolvendo petróleo e derivados está em vigor desde a gestão de Michel Temer, que tinha Pedro Parente no comando da Petrobrás. A medida foi uma maneira de agradar a estrangeiros, que estão de olhos no pré-sal. 

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO