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Dólar supera R$ 4,20 e Ibovespa recua com nova pesquisa eleitoral

O dólar disparou para R$ 4,17 e o Ibovespa registra uma sessão de perdas acompanhando o cenário internacional e também digerindo a última pesquisa eleitoral DataPoder360 que trouxe o ex-presidente Lula mais uma vez na liderança, com 30% dos votos, enquanto o candidato do mercado, Geraldo Alckmin (PSDB), aparece na terceira posição com 7%, empatado com Ciro Gomes (PDT)

Dólar supera R$ 4,20 e Ibovespa recua com nova pesquisa eleitoral (Foto: Esq.: Paulo Whitaker - Reuters / Dir.: em cima (Ueslei Marcelino - Reuters) / embaixo (Fabio Pozzebom - ABR))

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O dólar disparou para R$ 4,17 e o Ibovespa registra uma sessão de perdas nesta quinta-feira (30), acompanhando o cenário internacional e também digerindo a última pesquisa eleitoral DataPoder360 que trouxe o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mais uma vez na liderança.

Às 12h41 (horário de Brasília), o Ibovespa tinha queda de 1,94%, a 76.868 pontos, e o contrato futuro do dólar com vencimento em setembro subia 2,27%, cotado a R$ 4,203. "A moeda mira romper a barreira de R$ 4,20 em meio ao silêncio do Banco Central, inclusive sobre como irá rolar os swaps que vencem em outubro", afirma faria Júnior, consultor de valores mobiliários da Wagner Investimentos.

O dólar se fortalece ante a maioria dos pares após o presidente dos Estados Unidos Donald Trump acusar a China de minar os esforços norte-americanos para conseguir que Coreia do Norte desista de armas nucleares. Trump também assinou decretos que permitem o "alívio das limitações quantitativas" das importações de aço e alumínio de vários países.

A tensão na vizinha Argentina também contribui para o movimento do dólar. O peso argentino teve desvalorização de 7,35% no último pregão e o sentimento negativo no país, que é um grande parceiro comercial para o Brasil, deve continuar, já que o jornal La Nacion relatou especulações sobre uma troca de gabinete em meio à turbulência do mercado

O Brasil repercute também a pesquisa DataPoder360. O levantamento mostrou que Lula (PT) lidera o levantamento com 30% dos votos, seguido por Jair Bolsonaro (PSL), com 21% das intenções de voto. Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede) aparecem embolados na terceira posição, com 7%, 7% e 6%, respectivamente, enquanto Alvaro Dias (PODE) tem 3%. A pesquisa divulgada nesta quinta-feira não traz cenário sem Lula e procura explorar o potencial de voto de cada candidato.

Quando o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), provável substituto pelo ex-presidente petista na campanha do PT, é apresentado como "apoiado por Lula", seu potencial de voto chega a até 34%, aponta o levantamento. A taxa de "voto com certeza" em Haddad é de 8% e esse é o voto mais consolidado do petista, enquanto 26% disseram que "poderiam votar". No entanto, o ex-prefeito tem rejeição de 52%.

Quando é testado o próprio Lula, 30% dizem que votariam com certeza no petista, 7% afirmam que poderiam votar, 60% não votariam de jeito nenhum e 3% não sabem ou não responderam. Em caso de um candidato indeterminado apoiado pelo ex-presidente petista, 25% disseram que votariam com certeza, 17% que poderiam votar, 55% não votariam de jeito nenhum e 3% não souberam/não responderam.

Destaques da Bolsa

As ações da Suzano e da Fibria têm forte alta repercutindo a nova sessão de disparada do dólar, que superou R$ 4,17, enquanto a Eletrobras recua no dia do leilão de três de suas distribuidoras.

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