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      E aí, Obama, você pode?

      Presidente americano precisa mostrar que a frase “yes, we can”, que marcou sua vitória nas eleições, vai além do marketing político

      Marcio Kroehn avatar
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      Afinal, Barack Obama pode ou não pode? Essa é a pergunta que a economia mundial repete há alguns dias, depois que os Estados Unidos entraram em uma disputa pelo aumento ou manutenção do teto de endividamento de US$ 14,3 trilhões do país. Em jogo está a saúde financeira global. Se os americanos deixarem de pagar suas dívidas a partir de 2 de agosto – data limite do dinheiro em caixa – os investidores terão que refazer suas contas e muitos países sofrerão com o calote, como o Brasil, o quinto maior em reserva de títulos da dívida americana. Vai evitar, presidente?

      Obama, eleito com uma perfeita frase de efeito – yes, we can/sim, nós podemos – precisa mostrar que seu marketing pode ser usado na prática. Faltam menos de oito dias e a tensão está aumentando. Há duas semanas, ele tenta convencer seus adversários políticos, os republicanos, da importância de uma rápida aprovação e de receber carta branca para os gastos. Mas, conscientes do peso que a decisão terá nas eleições do ano que vem, os republicanos fazem mais contas dos votos que terão do que dos estragos que o calote causará. Adiar o máximo possível a resposta sobre o aumento do endividamento é quase uma estratégia para saber como os eleitores vão se comportar. No final, vai pesar na balança quem for ganhar mais na corrida à Casa Branca.

      Como a geografia dos americanos é limitada, vale o conceito do “primeiro nós” depois “os outros”. A economia do mundo que exploda, entre em recessão e faça os intrusos emergentes, como China e Brasil, voltarem ao seu devido lugar. É a tese do nós sustentamos a moratória (adiamento do pagamento da dívida) desses países por muitos anos, agora eles que segurem o nosso rojão. Até o momento, a melhor proposta que se tem é resolver o problema no curto prazo e continuar as discussões. Os republicanos liberam o dinheiro para o mês de agosto, mas para setembro será preciso negociar. Obama não quer, pois sabe que ficará nas mãos dos adversários. E os adversários parecem ter encontrado a melhor maneira de controlar as ambições de reeleição dos democratas – mesmo que essa decisão custe a recessão pelo mundo. Só precisamos saber se os americanos farão isso de uma vez ou à conta gotas.

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