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Economia

“É impossível retomar o controle do pré-sal depois do desmonte feito após 2014”, diz José Sergio Gabrielli

“Com as refinarias vendidas, com a BR na mão do setor privado, com a transformação que está ocorrendo no mercado de gás, acho muito difícil voltar àquele patamar de 2010”, disse à TV 247 o ex-presidente da Petrobras

José Sergio Gabrielli (Foto: ABr)
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247 - O ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli concedeu entrevista à TV 247 na qual afirma não acreditar na retomada do controle do pré-sal pelo Brasil tal qual havia em 2010 e no governo da ex-presidente Dilma Rousseff.

Para ele, o desmonte da Petrobras promovido após 2014 por agentes do golpe contra a ex-presidente, como por exemplo a destruição da imagem da estatal, são fatores que não podem ser recuperados. “É impossível retomar o controle do pré-sal da forma como nós tivemos. Nós podemos retomar o papel do Estado na gestão do recurso fundamental, agora voltar àquele modelo de estimular o conteúdo nacional com base na Petrobras eu acho que é impossível depois do desmonte feito posteriormente a 2014. Acho que a Petrobras não tem capacidade mais de ser a âncora desse desenvolvimento. A indústria brasileira vai levar muitos anos para chegar ao mínimo de condições competitivas para produzir. A mudança no marco regulatório e entrega das novas áreas do pré-sal colocam a situação de que nenhuma nova empresa tem tamanho suficiente e seria capaz de implementar uma indústria de nascente, que precisa de um período de incubação, com custos mais altos para depois, no final, na produção final da sua escala, chegar a custos internacionais, como estava ocorrendo. Com as refinarias vendidas, com a BR na mão do setor privado, com a transformação que está ocorrendo no mercado de gás, acho muito difícil voltar àquele patamar de 2010”.

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“Acho que até a comercialização do petróleo que pertence ao Estado brasileiro através dos contratos de partilha e reprodução, que é a empresa 100% estatal chamada PPSA, eles vão privatizar. Então não tem mais instrumentos para você fazer aquela política de 2010, a meu ver”, completou.

O que resta ao Brasil, segundo Gabrielli, é o Estado voltar “a ter um papel fundamental na gestão, na regulação e até indiretamente na produção do pré-sal brasileiro”, não mais que isso.

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