Economia brasileira perde ritmo, mas cresce 0,89%
Índice de Atividade Econômica do Banco Central, considerado uma prévia do PIB, desacelerou no segundo trimestre deste ano; no primeiro trimestre, o IBC-Br havia mostrado expansão de 1,10%, segundo dados revisados
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Por Camila Moreira
SÃO PAULO, 15 Ago (Reuters) - A atividade econômica brasileira desacelerou no segundo trimestre deste ano, ao registrar expansão de 0,89 por cento sobre os três primeiros meses, de acordo com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado nesta quinta-feira.
No primeiro trimestre, o indicador --considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB)-- mostrou expansão de 1,10 por cento, segundo dados revisados.
Em junho, o IBC-Br registrou crescimento de 1,13 por cento sobre maio, abaixo do esperado pelo mercado. Analistas consultados pela Reuters esperavam alta de 1,25 por cento no mês, de acordo com a mediana de 19 projeções, que variaram de 0,30 a 1,70 por cento.
O resultado, entretanto, foi melhor do que o de maio, quando houve recuo de 1,5 por cento, número também revisado ante contração de 1,4 por cento divulgado anteriormente.
A expansão em junho foi impulsionada principalmente pelo resultado da produção industrial no período, com crescimento de 1,9 por cento e destaque para bens de capital.
O movimento também veio das vendas no varejo que, apesar de ainda mostrarem pouco fôlego, registraram expansão mensal de 0,5 por cento em junho.
Na comparação com junho de 2012, o IBC-Br avançou 3,24 por cento e acumula em 12 meses alta de 2,12 por cento, ainda segundo os dados dessazonalizados do BC.
A baixa confiança tem sido um dos principais problemas para uma retomada da economia neste ano, agravada recentemente pelas manifestações que pararam várias cidades no Brasil, em meio à própria fraqueza da atividade e ao cenário de inflação elevada.
Entre os vários setores, tanto a confiança do consumidor quanto da indústria tiveram em julho o menor nível desde 2009, e o governo já avalia que o terceiro trimestre deve ter desempenho econômico aquém do visto entre abril e junho.
As expectativas do mercado para a expansão do PIB neste ano estão cada vez mais perto de 2 por cento. Pesquisa Focus do BC aponta projeção dos economistas de 2,21 por cento.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga os dados sobre o PIB do segundo trimestre no próximo dia 30. Nos três primeiros meses do ano, a economia brasileira desapontou com expansão de apenas 0,6 por cento sobre o trimestre anterior.
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