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Economia

Eduardo Moreira: operação do MST no mercado financeiro tirou poder dos bancos

“Ninguém mais tem o direito de dizer que os assentamentos do MST estão fora da regra. Eles passaram pelo maior escrutínio que existe, exatamente igual às empresas desses bilionários”, disse o economista à TV 247 sobre a operação do movimento que captou R$ 17,5 milhões em menos de duas semanas. Assista

Eduardo Moreira (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Lucas Martins/Jornalistas Livres)
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247 - O economista Eduardo Moreira, em entrevista à TV 247, comentou o sucesso da operação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no mercado financeiro. O Finapop, programa de investimento de cooperativas ligadas ao MST, por meio da oferta de títulos, atingiu em menos de duas semanas a meta de captar R$ 17,5 milhões com a emissão de um Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA). Os recursos serão utilizados para financiar a produção em áreas da reforma agrária.

Diante do êxito de operação e de todo o processo pelo qual passou o movimento junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para conseguir concretizar o objetivo, o economista garante que “ninguém mais tem o direito, depois dessa operação, de dizer que os assentamentos do MST são ilegais, estão fora da regra, que são de um bando de marginais. Ninguém. Eles passaram pelo maior escrutínio que existe de todas as contas, de todas as vírgulas, exatamente igual às empresas que esses caras ficam bajulando, desses bilionários que só querem destruir a vida dos outros. Nunca mais ninguém pode falar mal do MST no sentido de dizer que são ilegais, são bandidos, que são terroristas”.

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O que muda com a participação do MST no mercado financeiro, segundo Moreira, é que “a partir de agora as pessoas podem escolher onde é que o dinheiro delas vai parar. Então ninguém mais vai querer investir em latifundiário que mata os outros, pelo menos não a mesma quantidade de pessoas. Hoje as pessoas dão para o banco e o banco escolhe para quem ele vai dar. Quando as pessoas começam a escolher para quem elas vão dar, isso tira poder das mãos dos bancos. Isso é um ato político. Isso tira poder das mãos dos bancos, que são quem tem o maior poder no Brasil hoje. Então essa operação é uma afronta ao sistema como poucas vezes já teve”.

O economista ainda destacou o potencial deste tipo de operação: “hoje você tem investidos, segundo dados da Anbima [Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais], mais ou menos R$ 4 trilhões. Se 2% desse dinheiro quiser escolher para onde vai - e não é doar não, é fazer um investimento, só que você só quer escolher para onde vai - são R$ 80 bilhões. Isso muda o país, acaba com o poder dos bancos”.

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