Eduardo Moreira: resultado do pibinho “foi um desastre total”

Para o economista e professor, o resultado de 1,1% do PIB em 2019 foi “medíocre” e “muito abaixo daquilo que se previa”. Assista sua participação na TV 247

Eduardo Moreira / Paulo Guedes
Eduardo Moreira / Paulo Guedes (Foto: Divulgação)


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247 - No programa Mercadante Debate desta semana, na TV 247, o economista e escritor Eduardo Moreira avaliou como "um desastre total" o resultado de apenas 1,1% do PIB do governo de Jair Bolsonaro, referente a 2019. O resultado foi “muito abaixo daquilo que se previa” para o país, ressaltou.

“O Brasil cresceu menos da metade do que se esperava pelo FMI, Banco Mundial, ONU, que previam um crescimento de 2,5% ou 3%”, lembrou. Além disso, declarou também que este “crescimento se dá em cima de uma base deprimida” e que se comparar com a recuperações de 2002 e 2009, durante o governo Lula, a pior delas teve quase que o dobro de crescimento da que a de Bolsonaro.

Segundo ele, trata-se de um “pequeno crescimento medíocre” que não é produto da política do governo, mas uma “reta daquilo que começou em 2016”, com Temer. O governo, para ele, “apenas manteve uma das piores recuperações dos últimos tempos”.

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Eduardo Moreira também desmistificou o argumento daqueles que buscam defender o desastre do governo afirmando que houve o crescimento da Bolsa. Ele apresenta o dado de que, entre setembro de 2019 e janeiro de 2020, o crescimento foi de 40% e que “quando Lula assumiu, no mesmo período, teve um crescimento de 170%”.

“O pouco de crescimento que teve foi em cima de uma coisa pontual, que foi jorrar dinheiro em cima do saque do FGTS”, criticou, porque “as pessoas pagam suas dívidas”, mas “acabam com a poupança compulsória que tinham para garantir alguma coisa em um determinado momento de vida que iriam necessitar”. “Esse resultado foi um desastre total”, completou.

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Outro ponto criticado por Eduardo Moreira foi a política de ataques do governo contra os servidores públicos. “Eu nunca vi, na minha vida, um governo que lida tão mal com expectativas como esse. Esse governo, antes de pensar em uma reforma administrativa, ele fala o seguinte: ‘esse negócio de servidor público é um absurdo, a gente vai diminuir a remuneração deles, vai mandar gente embora etc’. O Brasil tem 12 milhões de servidores ativos, responsáveis por cerca de 50 milhões de famílias brasileiras. Essas pessoas, elas investem na educação, montam franquia para alguém da família, compram um carro novo... O que você acha que essas pessoas, que representam a classe média ou alta do país, vão fazer em termos de novas compras, novos investimentos, com uma expectativa gerada pelo governo como essa?”, questionou o economista, reforçando que “esse governo só faz aumentar a incerteza do povo brasileiro”.

Da mesma forma, Moreira criticou as manobras políticas de Bolsonaro, que segundo ele, “começou completamente atabalhoado, brigando com todo mundo e sem conseguir articular politicamente nada, gerando nas pessoas, no ano passado, um super desencanto e desconfiança”.

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