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Economia

Efeito IPI: duas fábricas e um reajuste. Quem errou?

Enquanto montadoras como Nissan-Renault e JAC Motorsreagiram ao aumento do IPI para carros importados anunciando novasplantas no Brasil, a Kia de Jos Luiz Gandini (foto) preferiu repassar o aumento de preos para o consumidor

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247 com Agência Estado – O controverso aumento do IPI para carros importados já fez sentir seus efeitos no mercado automotivo e as reações das montadoras foram basicamente três: parte delas, como a Chery, resolveu questionar a decisão e a forma como o aumento foi conduzido na Justiça; um segundo grupo, composto por Nissan-Renault e JAC Motors e disposto a aproveitar o vasto mercado consumidor brasileiro, topou o desafio do governo e anunciou a implantação de fábricas no Brasil; já a Kia resolveu simplesmente repassar o aumento de preço ao consumidor. Quem está certo?

Depois do anúncio do aumento no IPI, feito no dia 15 de setembro, o presidente do grupo Nissan-Renault, Carlos Ghosn, anunciou no mês passado investimentos de R$ 2,6 bilhões para instalar uma nova planta da Nissan no Rio de Janeiro – a fábrica terá capacidade para 200 mil veículos por ano e deve entrar em operação entre 2013 e 2014. Na semana passada, a chinesa JAC Motors também confirmou nova fábrica no Brasil, no polo industrial de Camaçari, Bahia – um investimento de R$ 900 milhões para uma planta com capacidade para 100 mil unidades anuais.

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Enquanto isso, a Kia Motors do Brasil deverá aumentar os preços dos veículos da marca de forma escalonada até o fim do ano, após a alta feita pelo governo do IPI em 30 pontos porcentuais para veículos que não tenham 65% de índice de nacionalização em sua composição. Segundo o presidente da Kia no Brasil, José Luiz Gandini, a companhia pretende mudar a tabela ainda nesta semana, mas a alteração do preço será feita de forma gradual para não “assustar o consumidor”. Uma das estratégias, segundo o executivo, será esperar o aumento dos preços das montadoras instaladas no Brasil, o que, para Gandini, deve acontecer.

O presidente da Kia no Brasil afirmou ainda que o projeto da construção de uma fábrica em Salto, no interior de São Paulo, ainda não saiu da gaveta. "Não vai ser em 30 dias (depois do aumento do IPI) que iremos estar com a decisão tomada. Depois de 25 dias nada se falou sobre fábrica", afirmou.

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A Kia possui um terreno em Salto de cerca de 500 mil metros quadrados, e já considerou, no passado, a possibilidade da construção de uma fábrica, que acabou, no entanto, sendo descartada pela companhia. Sobre a chance de a Kia se beneficiar da isenção do aumento do IPI para os carros que são produzidos no Uruguai, Gandini lembrou que a produção da Kia no local é restrita, apenas com a fabricação do caminhão leve Bongo. Caso a escolha da marca seja de investir para a produção de veículos na região, o executivo destacou que o Brasil deverá ser o país escolhido.

Segundo a fabricante, o Grupo SHC irá protocolar, junto ao Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio o plano da construção da fábrica, que tem previsão de entrega para 2014. O montante total de R$ 900 milhões será dividido entre 20% vindos da JAC Motors da China e 80% oriundos do Grupo SHC.

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A nova unidade fabril terá capacidade de produção de 100.000 unidades por ano. Conforme divulgado pela JAC, serão criadas 3.500 novas vagas de empregos diretos e será a primeira fábrica a produzir um grande volume de modelos vendidos por menos de R$ 50.000.

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