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Economia

Efeito Lula: dólar desaba um dia após Datafolha

Última pesquisa Datafolha mostra o ex-presidente Lula com 54% dos votos válidos, o que o levaria à vitória já no primeiro turno da eleição presidencial

(Foto: Ricardo Stuckert | Reuters)
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247 - Um dia após ser divulgada a pesquisa Datafolha que mostra o ex-presidente Lula (PT) com chances reais de vencer a eleição presidencial já no primeiro turno, o dólar apresenta nesta sexta-feira (27) tendência de queda, o que reflete a naturalidade com que o mercado assimilou a possibilidade de vitória do petista.

Reportagem da agência de notícias Reuters relata que "às 11:48 (de Brasília), o dólar à vista recuava 0,53%, a 4,7366 reais na venda, rondando as mínimas do dia".

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>>> Após Datafolha arrasador, campanha de Lula pede humildade e pé no chão

No levantamento do Datafolha, Lula aparece com 54% dos votos válidos no primeiro turno. Jair Bolsonaro (PL), seu principal adversário, marcou 30%.

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Veja matéria da Reuters sobre a situação do dólar na manhã desta sexta-feira:

Por Luana Maria Benedito (Reuters) - O dólar passou a cair em meio a negociações instáveis na manhã desta sexta-feira, a caminho de registrar sua terceira queda semanal consecutiva, em linha com o recente enfraquecimento da divisa norte-americana no exterior em meio à redução de apostas num aumento muito agressivo nos juros pelo Federal Reserve.

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Às 11:48 (de Brasília), o dólar à vista recuava 0,53%, a 4,7366 reais na venda, rondando as mínimas do dia, depois de trocar de sinal várias vezes ao longo da manhã. Na máxima da sessão, o dólar foi a 4,7823 reais (+0,42%). 

A moeda mostrou alguma instabilidade a partir das 9h30 (horário de Brasília), conforme investidores digeriam dados de inflação norte-americanos amplamente em linha com o esperado. O índice de preços PCE –medida preferida pelo Fed– subiu 0,2% no mês passado, depois de ter disparado 0,9% em março. 

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Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, o PCE subiu 0,3%, avançando pela mesma margem por três meses consecutivos. O chamado núcleo do PCE aumentou 4,9% em abril na comparação anual, depois de ter subido 5,2% em março –seu segundo mês consecutivo de desaceleração.

Investidores também repercutiam dados melhores que o esperado sobre os gastos do consumidor dos EUA, citados por alguns participantes do mercado como fator de redução –ainda que momentânea– de temores de desaceleração econômica.

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No acumulado da semana, que deve ser sua terceira seguida no vermelho, a moeda norte-americana à vista cai cerca de 2,7% frente ao real, em linha com uma intensa desvalorização do índice do dólar contra uma cesta de rivais fortes no mesmo período.

O índice –que rondava a marca de 101,6 nesta sexta– pode registrar sua maior baixa semanal desde o início de fevereiro e já cede mais de 3% em relação a um pico em duas décadas acima de 105 atingido em meados deste mês.

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A visão predominante nos mercados é de que o dólar tem perdido força porque riscos de uma recessão econômica nos Estados Unidos –aumentados após dados da véspera mostrarem contração maior que a esperada no PIB do país no primeiro trimestre deste ano– podem levar o banco central norte-americano a evitar movimentos muito agressivos nos juros.

“Começa a se consolidar nos EUA a visão de que a postura do Federal Reserve deverá ser mais branda do que o mercado esperava, pelo risco de uma recessão”, escreveram analistas da Levante Investimentos. “Apesar de os aumentos dos juros no curto prazo estarem praticamente definidos, a trajetória mais longa poderia sofrer alterações.”

As indicações mais recentes do Fed são de que a autoridade monetária adotará ajustes de 0,50 ponto percentual nos custos dos empréstimos em cada uma de suas próximas duas reuniões e depois poderá fazer uma pausa para avaliar os efeitos do aperto na economia.

Isso desenha um cenário bem menos “hawkish”, ou duro no combate à alta dos preços, do que alguns operadores temiam. Apenas algumas semanas atrás, havia apostas nos mercados de que o Fed poderia ser forçado a promover aumento de 0,75 ponto percentual nos juros, diante da inflação mais pressionada em quatro décadas nos EUA.

Desde março deste ano, o Federal Reserve já aumentou sua taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual.

Taxas de empréstimo mais altas na maior economia do mundo tendem a beneficiar o dólar, uma vez que atraem recursos para o mercado de renda fixa norte-americano, de forma que a redução de apostas em elevações mais agressivas nos juros explica o recente arrefecimento da divisa dos EUA.

No entanto, estrategistas do Citi alertaram que receios sobre o desempenho econômico do país podem, eventualmente, trabalhar a favor do dólar.

“Os temores de recessão nos EUA estão aumentando. Normalmente, as recessões dos EUA levam a um câmbio de mercados emergentes mais fraco, embora às vezes a força do dólar só comece quando a recessão estiver muito próxima ou até mais tarde”, disseram especialistas em relatório desta sexta-feira.

Na B3, às 11:48 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,65%, a 4,7375 reais.

Na véspera, a moeda norte-americana spot caiu 1,23%, a 4,7619 reais na venda, valor mais baixo desde 20 de abril (4,6186 reais).

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