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Eike demite presidente da OGX e pode ser o próximo

Ações da petroleira tiveram hoje a maior alta desde a estreia na Bolsa: 48%, voltando, portanto, a valer R$ 1,1 bilhão; disparada ocorreu após o portal Infomoney afirmar que credores da OGX consideram uma proposta que converteria dívida em ações, dando a eles uma fatia na companhia e diluindo a participação do controlador Eike Batista; empresário demitiu hoje o CEO Luiz Carneiro; segundo reportagem da Folha, os novos investidores fazem questão de que se troque os executivos

Ações da petroleira tiveram hoje a maior alta desde a estreia na Bolsa: 48%, voltando, portanto, a valer R$ 1,1 bilhão; disparada ocorreu após o portal Infomoney afirmar que credores da OGX consideram uma proposta que converteria dívida em ações, dando a eles uma fatia na companhia e diluindo a participação do controlador Eike Batista; empresário demitiu hoje o CEO Luiz Carneiro; segundo reportagem da Folha, os novos investidores fazem questão de que se troque os executivos (Foto: Gisele Federicce)

SÃO PAULO - Após um pregão marcado por leilões, as ações da OGX Petróleo (OGXP3) fecharam com valorização de 47,83%, a R$ 0,34 - a máxima do dia. As ações mostraram forte volume, movimentando cerca de R$ 138,20 milhões, bastante acima da média dos últimos cinco dias, em R$ 21 milhões. Com isso, o valor de mercado da empresa atingiu R$ 1,1 bilhão, novamente.

Os papéis da petrolífera movimentam-se com os rumores sobre a reunião de Eike Batista com os credores em Nova York. Depois de uma melhora gradual no tom, a empresa pode estar próxima da necessária reestruturação de dívidas - necessária para que ela tenha um futuro e evite uma possível recuperação judicial ou falência.

Conforme apurou o InfoMoney, uma fonte próxima a empresa destacou que essa reestruturação pode envolver o perdão total da dívida da empresa - em uma operação que transformaria os títulos de dívida detidos por esses investidores em novas ações da empresa. Isso diluiria a posição de Eike, que abandonaria de vez a petrolífera.

De acordo com a fonte, essa operação pode contar com a participação do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que financiaria o processo de reestruturação, assim como forneceria o caixa para que a companhia consiga sobreviver até a produção efetiva em Tubarão Martelo começar. Nos últimos dias, Guido Mantega, ministro da Fazenda, e Luciano Coutinho, chegaram a negar qualquer operação nesse sentido.

Para satisfazer os investidores que investiriam novamente na empresa, Eike demitiu o diretor-presidente da companhia, Luiz Carneiro, e o diretor-jurídico, José Roberto Faveret noticiou a Folha de S. Paulo. O jornal afirma que os novos investidores fazem questão de que se troque os executivos.

Para outras fontes da Folha, Carneiro estaria sendo demitid por exercer parcialmente a "put", solicitando US$ 100 milhões na companhia, o que Eike se nega a fazer. A relação de Carneiro com Ricardo Knoepfelmacher, da Angra Partners, que vem conduzindo o processo de reestruturação, supostamente também não era boa.

Notícia publicada originalmente no InfoMoney.