Empreiteiras envolvidas na Lava Jato pedem chance de retomada
Empreiteiras envolvidas no escândalo da Lava Jato pedem ao governo uma chance de retomada do setor de construção no Brasil; segundo as empresas, isso depende mais da reativação econômica e priorização de investimentos públicos e privados em infraestrutura do que delas próprias; de setembro de 2014 a setembro de 2017, houve uma queda de 39% das vagas na construção pesada: sumiram do mapa 433 mil empregos formais, e o nível de emprego recuou dez anos; é o maior tombo da história em um triênio numa área vital para a economia que influencia outros 62 segmentos
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247 - Com as carteiras de obras mais magras do que nunca, empreiteiras investigadas na Lava-Jato avaliam que já fizeram a lição de casa e defendem medidas para a retomada da construção pesada, mergulhada em seu pior momento e sem perspectiva de recuperação a curto prazo.
Segundo as empresas, isso depende mais da reativação econômica e priorização de investimentos públicos e privados em infraestrutura do que delas próprias.
"Empresas que já assumiram responsabilidade no processo, negociaram acordos de leniência, viraram a página e endereçaram uma agenda de negócios de transparência, ética e integridade merecem por parte da sociedade e clientes um apoio para retomada das operações", disse Fábio Januário, presidente da divisão de infraestrutura da Odebrecht Engenharia e Construção (OEC). A carteira de contratos da OEC é hoje de US$ 15 bilhões, menos da metade do que era no fim de 2014, primeiro ano da Lava-Jato e quando a crise econômica se acirrou.
Além da Lava-Jato, a penúria fiscal minguou o espaço no orçamento de União e Estados para as obras públicas, principal mercado das empreiteiras. O resultado é que de setembro de 2014 a setembro de 2017 houve uma queda de 39% das vagas na construção pesada: sumiram do mapa 433 mil empregos formais. O nível de emprego recuou dez anos. É o maior tombo da história em um triênio numa área vital para a economia que influencia outros 62 segmentos.
As informações são de reportagem de Fernanda Pires e Rodrigo Polito no Valor.
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