Enquanto seu país afunda, premiê espanhol ameaça América Latina
Mariano Rajoy diz que estatizao da YPF pode afetar todo o continente; enquanto isso, bolsa de Madri derrete com relatrio que aponta calote recorde nos bancos espanhis



247 – Os espanhóis vivem hoje um problema agudo de percepção da realidade. Ontem, quando a Argentina anunciou seu plano de reestatizar a petroleira YPF, retomando o controle que hoje está em poder da espanhola Repsol, o governo do primeiro-ministro Mariano Rajoy prometeu retaliações e disse que a decisão argentina terá impactos em toda a América Latina.
No entanto, quem está afundando é a própria Espanha. Nesta manhã, o índice da bolsa de valores de Madri derretia. Caía 3,5, acumulando desvalorização de quase 30% no ano. O motivo: nunca os bancos espanhóis tiveram tantos créditos podres como agora. A taxa de inadimplência, que se situava abaixo de 1% em 2007, bateu em 8,16% - o maior índice de desde 1994.
Os dados fazem parte de um relatório do Banco da Espanha, o banco central espanhol, divulgado nesta quarta-feira. Ao todo, os créditos podres das instituições financeiras do país, contaminado pela maior bolha imobiliária da Europa, somam 143 bilhões de euros, segundo o relatório.
Esta situação tem alimentado rumores de que o banco Santander no Brasil poderá ser comprado tanto pelo Banco do Brasil como pelo Bradesco. A conferir.
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