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Escolhidos pelo BNDES só têm criado problemas

Ao mesmo tempo, três notícias ruins: a Oi, que recebeu mais de R$ 8 bilhões do banco, é multada pela Anatel em R$ 34 milhões por não cumprir suas metas de qualidade; a LBR, empresa de laticínios que levou R$ 2 bilhões, entra em recuperação judicial; o frigorífico JBS será investigado porque deixou de notificar ao Cade várias de suas aquisições; um dia negativo para a reputação do banco comandado por Luciano Coutinho

Escolhidos pelo BNDES só têm criado problemas

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247 - As empresas escolhidas pelo BNDES, comandado pelo economista Luciano Coutinho, como símbolo de um novo capitalismo brasileiro, têm produzido mais dor de cabeça do que, propriamente, louros e dividendos ao banco. Esta sexta-feira, particularmente, foi um dia ruim. De uma só vez, três dos "campeões nacionais" formados pelo banco nos últimos anos estão nas manchetes mais por seus defeitos do que por seus méritos.

O caso número 1 é o da Oi, supertele nacional, que recebeu mais de R$ 8 bilhões do banco. Hoje, a empresa foi multada em R$ 34 milhões pela Agência Nacional de Telecomunicações, a Anatel, por não cumprir suas metas de qualidade. A operadora, comandada pelos empresários Carlos Jereissati e Sérgio Andrade, foi alvo de cinco processos do órgão regulador, três de 2009 e dois de 2010, e descumpriu 13 dos 16 indicadores de qualidade estabelecidos pela Anatel.

O segundo pepino é o da LBR, empresa de laticínios comandada pelo grupo GP e pela empresa Bom Gosto, que levou outros R$ 2 bilhões do banco, na gestão de Luciano Coutinho. Nesta sexta, a empresa entrou com pedido de recuperação judicial e trocou seu presidente. Segundo a agência Reuters, "ao pedir um fôlego aos credores financeiros, a empresa espera implementar as transformações necessárias para aumento da eficiência e sustentabilidade dos negócios, preservando o emprego de 5 mil colaboradores e a geração de renda de 20 mil produtores e suas famílias". Com dívida de R$ 1 bilhão, a empresa tem o BNDES como maior credor.

Finalmente, há ainda o caso do frigorífico JBS, dos irmãos Joesley Batista, Wesley Batista e José Batista Júnior. A empresa será investigada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica, o Cade, por não ter comunicado ao órgão regulador diversas aquisições que fez nos últimos anos – o que fez com que sua participação de mercado subisse de 15% para 40%, sem nenhum controle regulatório. O artifício para não comunicar ao Cade os atos de concentração foi o arrendamento de plantas de empresas concorrentes.

Há, no Congresso, um movimento para que Luciano Coutinho seja convidado a explicar a política de investimentos do banco.

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