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Economia

Especialistas afirmam que nova moeda do BRICS pode acelerar a desdolarização

A Cúpula dos BRICS programada para agosto na África do Sul tem como pauta a introdução de uma nova moeda comum, ideia defendida pelo presidente Lula

Lula durante discurso no Novo Banco de Desenvolvimento (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
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247 – Os ministros das Relações Exteriores do BRICS reuniram-se na Cidade do Cabo, África do Sul, na última semana, para discutir alternativas que permitam ao bloco evadir a ordem econômica mundial liderada pelos Estados Unidos. Entre as opções discutidas, estava o uso de moedas alternativas para resguardar o Novo Banco de Desenvolvimento do bloco contra sanções e promover a desdolarização no comércio em um sentido mais amplo, segundo aponta reportagem da agência Sputnik.

A discussão sobre uma nova moeda do BRICS ganhou destaque, levando a diversas análises sobre a sua mecânica e o possível prazo para sua implementação como um rival do dólar. A ideia de uma moeda única, primeiramente proposta pelo ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, em sua viagem à África em janeiro, foi discutida em diferentes cenários, como uma moeda lastreada ao ouro, a uma cesta de commodities, ou às próprias moedas dos países do BRICS.

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Chris Devonshire-Ellis, presidente da Dezan Shira & Associates, com mais de três décadas de experiência em investimentos na Rússia, China e outros mercados asiáticos, acredita que a proposta tem grande aceitação, mas os detalhes ainda necessitam ser aprofundados.

De acordo com Devonshire-Ellis, os países do BRICS estão se movendo para contestar a liderança financeira dos EUA, citando as políticas externa e econômica dos EUA e de seus aliados como catalisadoras deste movimento.

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O especialista enfatizou que a moeda do BRICS deve ser vista como uma "alternativa" ao dólar, e não como uma "concorrente". Ele acredita que a nova moeda deve ser introduzida gradualmente, começando pelo comércio regional entre os países do BRICS e, depois, expandindo-se para um público mais amplo.

A confiança na nova moeda pode se desenvolver aos poucos, mas Devonshire-Ellis acredita que a nova moeda precisará de mais de uma década para ser plenamente consolidada como uma alternativa ao dólar.

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Iqbal Surve, ex-presidente do Conselho Empresarial do BRICS, concorda que a nova moeda do BRICS deve ser vista como uma ferramenta para facilitar o comércio contínuo entre os países membros, em vez de um "rival" para qualquer outra moeda.

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