EUA brincam com fogo: seis dias para o calote
O dlar derrete, as aes desabam e o presidente Barack Obama adverte para uma crise econmica profunda; ser que o impensvel, um calote americano, pode acontecer?
247 – No dia de ontem, o dólar, a moeda americana, fechou em sua cotação mais baixa em relação ao real (R$ 1,54). Na manhã de hoje, continuou caindo e atingiu o nível mais baixo em relação ao franco suíço, uma moeda que é tida como reserva de valor. “A conversa de hoje é a mesma de ontem: vender o dólar”, disse Kathleen Brooks, diretora de pesquisas da Forex.com à Bloomberg.
Também nesta manhã, todas as bolsas européias, sem exceção, estão pintadas de vermelho – e tudo indica que esta terça-feira será mais um dia tenso nos mercados de capitais brasileiros. O motivo: os Estados Unidos continuam brincando com fogo. Intransigentes, republicanos e democratas não conseguem chegar a um acordo sobre a elevação da dívida pública americana, hoje em US$ 14,6 trilhões. Se isso não acontecer, os Estados Unidos estarão em moratória dentro de seis dias – assim como o México e o Brasil da década de 80, países que os americanos costumavam considerar republiquetas.
A situação é tão crítica que o presidente Barack Obama teve que ir à televisão na noite de ontem. Em discurso televisionado ao vivo na noite desta segunda-feira, Obama criticou o “circo partidário” em Washington, culpou “parte dos republicanos” pelo impasse envolvendo o teto da dívida do país e alertou que a ausência de solução para o problema causará aumento nas taxas de juros e mais desemprego.
O presidente apoia um plano que, para conter o deficit dos EUA, inclui cortes de gastos e fim de isenções de impostos para a parcela mais rica (2%) da população.
Já os republicanos rejeitam a elevação de impostos e defendem cortes em programas sociais defendidos pelos democratas.
Analistas afirmam que o calote da dívida americana poderia provocar um salto da taxa de juros nos Estados Unidos e potencialmente ameaçar a recuperação econômica mundial.
“A única razão para este impasse é que alguns republicanos insistem em uma solução de apenas cortes (orçamentários) e nos programas (sociais) com os quais nos importamos”, disse Obama, agregando que seus adversários “estão mantendo a economia refém”, em um processo que é “ofensivo ao cidadão".
De acordo com a ex-ministra Zelia Cardoso de Mello, o problema americano é mais político do que fiscal. Os republicanos colocam pressão em Obama às vésperas de um ano eleitoral (leia seu artigo). Ela aposta que, na última hora, sairá um acordo. Será?
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