Europeus marcham contra a austeridade fiscal
Milhares de manifestantes aproveitaram este sábado para protestar contra as medidas de austeridade econômica adotadas pelos governos do continente; em Londres, os atos criticaram os cortes de gastos postos em prática pelo governo recém-reeleito do primeiro-ministro David Cameron; em Berlim, os protestos pediram a adoção de um rumo mais solidário por parte da Alemanha e da União Europeia em relação à Grécia
Na capital britânica, políticos da oposição, dirigentes sindicais e figuras públicas, como a cantora Charlotte Church e o comediante Russell Brand, estiveram no meio da multidão que marchou pelo centro financeiro de Londres. Intitulada End Austerity Now [Acabem com a Austeridade Agora], a manifestação terminou na porta do parlamento britânico.
Um protesto similar ocorreu em Glasgow, na Escócia. Os manifestantes exigem a suspensão e reversão dos cortes impostos pela anterior coligação governamental e outras medidas impostas pelo ministro das Finanças, George Osborne. Os cartazes traziam mensagens como “A Austeridade não funciona” e “Não aos cortes”.
No início de maio, o Partido Conservador, de David Cameron, obteve uma vitória inesperada e esmagadora nas eleições legislativas britânicas, alcançando a maioria absoluta e provocando a demissão de três dos principais dirigentes políticos do país.
Em Berlim, o protesto teve início no bairro multiétnico de Kreuzberg até o distrito governamental da capital alemã. De acordo com a polícia, o ato teve a participação de cerca de 2,5 mil pessoas organizadas sob o lema “Por uma Europa Diferente”.
A marcha na capital alemã foi encabeçada pelo jornalista Jakob Augstein e pela vice-ministra grega da Solidariedade Social, Theano Fotiou, que se dirigiu aos presentes no início da manifestação para reclamar “uma Europa dos cidadãos, não dos banqueiros”. O ato teve apoio do Partido de Esquerda, a principal força da oposição no Parlamento alemão, e de outras organizações de esquerda.
Alguns manifestantes empunhavam bandeiras gregas ou cartazes de apoio a Atenas, país que está atualmente numa fase crítica das negociações com os seus credores europeus e sob a ameaça de ter de deixar a zona do euro. A passeata em Berlim também reivindicou melhor tratamento aos imigrantes que chegam à Europa, em alusão ao Dia Internacional dos Refugiados, celebrado neste sábado.
* Com informações da Agência Lusa
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