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Economia

Evergrande: crise na China pode desencadear quebra mundial do mercado financeiro

Os mercados têm o receio de que, se o Governo chinês não agir, as dificuldades da Evergrande, uma das principais imobiliárias da China, possam desencadear uma onda de quebradeira e contaminar o setor financeiro, que injetou empréstimos para empresas e compradores, segundo o El País

(Foto: REUTERS)
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247 - Agrava-se rapidamente a crise de liquidez de uma das principais imobiliárias da China, a Evergrande, a incorporadora mais endividada do mundo. O medo da falência da empresa levou a um colapso das Bolsas asiáticas nesta segunda-feira, 20, pois ela terá de arcar com pagamentos de juros milionários esta semana.

Segundo o jornal El País, “os mercados têm o receio de que, se o Governo chinês não agir, as dificuldades da Evergrande possam desencadear uma onda de quebradeira e contaminar o setor financeiro, que injetou empréstimos para empresas e compradores”.

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Segundo reportagem do jornal espanhol, a Evergrande acumula dívidas no valor de mais de US$ 300 bilhões (cerca de R$ 1,6 trilhão). O valor corresponde a 2% do PIB chinês e é do tamanho da economia da África do Sul. Na quinta-feira, 23, a empresa terá de pagar juros de US$ 84 milhões de seus títulos offshore, além de outros US$ 47,5 milhões no dia 29 deste mês.

O preço das ações da empresa caiu 10% nos mercados de Hong Kong neste início de semana, ficando em seu nível mais baixo dos últimos 11 anos, segundo o El País, que informou ainda que “o índice Hang Seng Imobiliário caiu cerca de 7%, chegando aos piores patamares desde 2016, enquanto o índice geral do mercado de ações de Hong Kong fechou em mínimos anuais”.

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A crise da empresa interferiu nas Bolsas de Valores do mundo inteiro. No Brasil, por exemplo, a Bolsa fechou a segunda-feira em queda de 2,33% após operar o dia inteiro em baixa.

Crise financeira

A falência da Evergrande se dá principalmente pelos créditos fáceis adquiridos para construir seus projetos. Segundo o El País, a empresa, fundada em 1996, é “um símbolo dos excessos da bolha imobiliária chinesa”. Ainda, o grupo tem cerca de 800 empreendimentos em construção; metade deles está paralisada por falta de caixa.

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“Agora, os compradores de moradias que adiantaram parcelas para comprar um dos apartamentos que a Evergrande estava construindo enfrentam uma preocupante possibilidade: a de que seus imóveis nunca sejam concluídos. Empreiteiros e fornecedores correm o risco de não receber os pagamentos pelos serviços prestados, o que, por sua vez, pode levar a uma crise de liquidez que põe em risco sua própria existência”, diz a reportagem. 

“Por sua vez, os bancos e outras entidades que concederam empréstimos à empresa podem não receber o dinheiro devido, o que teria consequências graves para todo o sistema financeiro: cerca de 300 empresas são credoras dos empréstimos concedidos à Evergrande. A falência da imobiliária pode levar ao encarecimento do crédito, entre outros problemas”, continua.

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