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    Falta pouco para o calote

    Obama tem at tera-feira para aprovar um acordo; se no conseguir, decretar moratria

    Felipe Goncalves avatar
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    Leonardo Attuch_247 - O presidente Barack Obama foi à tevê, nos Estados Unidos, falar ao país, apenas, que confia em um acordo no Congresso para elevar o teto da dívida americana. Ele frustrou as expectativas de que poderia invocar a 14ª emenda da constuição e chamar para si a responsabilidade de tirar os EUA de uma situação de pré-calote. O pronunciamento manteve os mercado sob tensão.

    Nesta última madrugada, o Congresso dos Estados Unidos, mais uma vez, não chegou a um entendimento sobre a medida que poderia elevar o teto da dívida americana, atualmente fixado em US$ 14,3 trilhões. A proposta, que previa redução de gastos públicos, havia sido preparada pelo republicano John Boehner, mas não houve consenso. Os parlamentares chegaram a pedir 19 pizzas no comércio local, preparando-se para uma longa noite de conchavos e votações, mas desistiram logo depois da meia-noite. Em Lima, durante reunião da Unasul, a presidente Dilma Rousseff classificou como "insensatez" o calote anunciado por falta de acordo político, prevendo uma "crise global" se isso acontecer.

    Se não houver acordo até o dia 3 de agosto, a próxima quarta-feira, os Estados Unidos, nação mais rica do mundo, terão que decretar moratória. Isso mesmo: darão calote, assim como fizeram o Brasil e o México na década de 80.

    A situação é tão grave que as autoridades do Tesouro norte-americano já começaram a preparar um calote seletivo da dívida americana. Terão prioridade os detentores de títulos emitidos pelo Tesouro. Podem ser prejudicados os próprios cidadãos americanos, que recebem pensões e aposentadorias.

    Um levantamento feito pela Bloomberg apontou que vencem US$ 90 bilhões já na próxima quinta-feira. Ao todo, os vencimentos somam US$ 500 bilhões no mês de agosto. O Brasil é hoje um dos principais credores dos Estados Unidos, com mais de US$ 200 bilhões em títulos.

    Ao presidente Barack Obama, ainda resta uma alternativa: invocar a emenda 14 da Constituição norte-americana e elevar o limite da dívida por decreto.

    Seja como for, a posição dos Estados Unidos na ordem econômica mundial não será mais a mesma. Espera-se para as próximas horas a redução da classificação americana pelas agências de risco. O status “triple A” – dos países que são considerados portos seguros – deverá ser perdido.

    Um império está desmoronando, diante dos olhos incrédulos da humanidade.

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