FMI aprova novo empréstimo de US$ 2,29 bi à Grécia
A soma eleva o aporte financeiro ao país para US$ 10,94 bilhões desde março de 2012, quando o plano de US$ 290 bilhões foi aprovado. Em troca, o órgão exigiu que mais medidas de austeridade sejam implementadas, incluindo a demissão de quatro mil funcionários públicos ainda este ano
Opera Mundi - O FMI (Fundo Monetário Internacional) anunciou nesta segunda-feira (29/07) a aprovação de uma nova parcela do empréstimo para a Grécia no valor de US$ 2,29 bilhões, o que eleva o aporte financeiro ao país para US$ 10,94 bilhões desde março de 2012, quando o plano de US$ 290 bilhões foi aprovado. Em troca, o órgão exigiu que mais medidas de austeridade sejam implementadas.
Dentro desse contexto, foi aprovada no último 8 uma nova parcela de US$ 6,8 bilhões ao país, que, no entanto, a zona do euro e o FMI decidiram dividir em três vezes e vincular ao cumprimento de cortes de gastos previamente estabelecidos.
Na semana passada, o Parlamento grego aprovou uma lei crucial para o estabelecimento dessas medidas, que permitirá novos cortes tanto de gastos quanto de postos de trabalho no setor público. Essa resolução provocou inúmeros protestos em Atenas e em outras cidades para rechaçar as políticas do Estado que aprofundam o desemprego e a pobreza.
Segundo o acordo estabelecido com a troika (que, além do FMI, também inclui a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu), por causa deste novo programa, que foi criado após o Fundo reconhecer erros de cálculo no primeiro plano, 15 mil funcionários públicos deverão ser demitidos ou, pelo menos, receber o aviso prévio antes do fim de 2014. Destes, quatro mil devem ser despedidos ainda neste ano.
Além disso, 25 mil trabalhadores dependentes do Estado serão postos em um programa de mobilidade, pelo qual receberão 75% dos seus salários durante oito meses e, se ao fim desse período não forem encontrados novos postos para eles, serão despedidos definitivamente.
Por outro lado, o FMI garantiu hoje que não prevê que a Grécia sofra de “falta de financiamento” pelo menos até julho do próximo ano. A Comissão Europeia, por sua vez, afirmou que os riscos para a sustentabilidade da dívida grega aumentaram consideravelmente, o que atribuiu principalmente aos atrasos nas privatizações, área em que os gregos deverão se esforçar em 2014.
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