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      FMI e UE criticam reestatização da YPF e preveem instabilidade econômica

      Deciso do governo Cristina Kirchner foi classificada como ilegal pela cpula do Comit Europeu

      FMI e UE criticam reestatização da YPF e preveem instabilidade econômica (Foto: MARCOS BRINDICCI/REUTERS)
      Gisele Federicce avatar
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      Opera Mundi - A União Europeia e o FMI (Fundo Monetário Internacional) criticaram a decisão do governo argentino de reestatizar a petrolífera YPF e advertiram que as nacionalizações apenas comprometerão o fluxo de investimentos no país.

      Solidarizando-se com os anseios da Espanha, o bloco europeu considerou a manobra política e econômica do governo Kirchner como "ilegal" e suspendeu uma reunião bilateral agendada para os próximos dias 19 e 20 de abril, em Buenos Aires. A Espanha é sede da Repsol, que comprou o controle da empresa argentina durante as privatizações promovidas no governo de Carlos Menem (1989-1999).

      Para Thomas Helbling, conselheiro do departamento de Pesquisa do FMI, a expropriação é prejudicial para a estabilidade econômica do país. Em meio à apresentação do relatório de Perspectivas Econômicas Globais disse que “houve certa deterioração no clima de investimentos nos últimos anos” e que “as intervenções estatais pioram ainda mais a situação dos investimentos, tornando-a imprevisível".

      O relatório do FMI prevê que o PIB (Produto Interno Bruto) da Argentina crescerá apenas 4,2% este ano, 4,7 pontos percentuais a menos que em 2011, quando passou por uma das maiores ampliações da América do Sul. Para 2013, as estimativas são ainda menores e beiram a marca dos 4%. Por sua vez, a inflação percorre o caminho inverso e chegará a 10%, 0,2 ponto percentual a mais que em 2011.

      A Repsol, companhia controladora da YPF, reivindicará à Argentina pelo menos 10,5 bilhões de dólares em compensação pela expropriação e alega que sua participação nos ativos da petrolífera equivalem a um total de 15,8 bilhões de dólares.

      O projeto de lei enviado ontem ao congresso argentino pela presidente Cristina Kirchner ainda está sendo estudado pela Comissão Europeia, que deseja "determinar em estreita consulta e em contato com as autoridades espanholas o próximo passo a ser dado”.

      Segundo o porta-voz Pia Ahrenkilde, o comissário europeu de Comércio, Karel De Gucht, enviará uma carta ao ministro argentino da pasta equivalente para expressar a "séria preocupação" da Comissão pelo anúncio do governo argentino.

      O presidente do bloco europeu, José Manuel Durão Barroso, que acompanhou de perto o assunto e esteve em contato com o presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, mostrou-se "seriamente decepcionado" com a decisão da Argentina.

      Ele pediu ao governo de Cristina Kirchner para respeitar seus compromissos e obrigações internacionais, especialmente aqueles que resultam do acordo bilateral sobre a proteção de investimentos com a Espanha. Barroso pediu aos serviços da Comissão Europeia que sigam de perto este assunto.

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