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Economia

Folha já admite que não há retomada com Temer

Nem os veículos de comunicação que apoiaram o golpe de 2016 conseguem mais esconder a realidade sobre a depressão econômica de Michel Temer; é o que faz a Folha em editorial publicado nesta quinta; "Não está no horizonte uma recaída para taxas negativas, mas tornou-se mais nebulosa a perspectiva de retomada rumo ao PIB do início de 2014. Só quando essa trajetória for visível haverá segurança de que a recessão foi superada"

Folha, Octavio Frias Filho, Otavinho (Foto: Leonardo Attuch)
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247 – Nem os veículos de comunicação que apoiaram o golpe de 2016 conseguem mais esconder a realidade sobre a depressão econômica de Michel Temer.

É o que faz a Folha em editorial publicado nesta quinta. Confira abaixo:

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Retomada duvidosa

Não era claro, no ano eleitoral de 2014, se o Brasil já havia mergulhado na recessão econômica. Agora, neste 2017, persistem dúvidas se já a deixamos para trás.

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Nos primórdios da derrocada, o Produto Interno Bruto (PIB, medida da renda e da produção) encolheu enquanto o país sediava a Copa do Mundo —discutia-se, então, a hipótese de o resultado negativo estar relacionado à redução do número de dias de trabalho.

Seguiram-se naquele ano meses de estagnação, sem sintomas de piora acentuada. O desemprego, em particular, mantinha-se baixo.

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Somente em agosto de 2015, quando já se notava o PIB em queda profunda e demissões em todos os setores, o comitê de datação abrigado na Fundação Getulio Vargas diagnosticou o ciclo recessivo em andamento —que viria a se tornar um dos mais agudos e prolongados da história nacional.

Ou talvez o pior de todos, a depender dos critérios de comparação e, sobretudo, do risco de ainda não estar encerrado.

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Registrou-se melhora, é verdade, no primeiro trimestre deste ano, quando a economia voltou a se expandir após dois anos de retração. Números relevantes do mês de abril, divulgados nos últimos dias, também foram positivos.

Houve crescimento de 0,6% da produção industrial, acima do esperado. Com ainda mais vigor, as vendas no comércio varejista e o volume do setor de serviços também superaram expectativas com o avanço de 1%, taxa expressiva para um período tão curto.

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Não é o bastante, entretanto, para caracterizar uma recuperação consistente. O aumento trimestral do PIB amparou-se, basicamente, em um resultado excepcional da agricultura e na alta das exportações, sem reação do consumo e do investimento domésticos.

Já as altas de abril se deram sobre valores deprimidos, após meses de deterioração contínua.

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Ainda mais importante, aconteceram antes do terremoto político provocado pela divulgação da conversa entre o presidente Michel Temer (PMDB) e o empresário Joesley Batista, da JBS.

As incertezas quanto à sustentação do governo e, por extensão, ao andamento das reformas solaparam o otimismo que principiava entre empresários e investidores.

A mudança de humores se materializou, nesta semana, com a revisão para baixo das já modestas projeções centrais do mercado para o crescimento econômico neste ano, de 0,5% para 0,41%, e em 2018, de 2,5% para 2,3%.

Não está no horizonte uma recaída para taxas negativas, mas tornou-se mais nebulosa a perspectiva de retomada rumo ao PIB do início de 2014. Só quando essa trajetória for visível haverá segurança de que a recessão foi superada.

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