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Economia

Fornecedores reclamam da Petrobras

Em carta a associados, Associação Brasileira de Montagem Industrial critica atrasos em pagamentos e cita risco de demissões em setor que emprega 500 mil trabalhadores

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247 - A Associação Brasileira de Montagem Industrial (ABEMI) decidiu produzir uma pesquisa sobre o impacto desta política da Petrobras, que para o mercado só pode estar ligada à necessidade da estatal de cortar R$ 32 bilhões em gastos.
Em carta aos associados, a Associação Brasileira de Montagem Industrial (Abemi) informou estar pedindo explicações formais à Petrobras em relação a atrasos em pagamentos de serviços e obras já contratadas. "Verificamos que um número crescente de associadas está enfrentando atrasos expressivos em receber os valores já negociados e aprovados de pleitos junto a Petrobras", registra o texto. A entidade destaca que empresas do setor estão se aproximando da insolvência, "e isto certamente redundaria na demissão de mão de obra em escala crescente, o que contraria frontalmente as diretrizes políticas do governo".
A área de engenharia e montagem industrial reúne pelo menos 140 empresas, praticamente todas de capital nacional, e responde por cerca de 500 mil empregos diretos. E é responsável por grandes obras de infraestrutura na área de energia, incluindo projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Segundo uma fonte do setor, pelo menos 20 das maiores empresas de engenharia e montagem - com décadas de serviços prestados à Petrobras - estão para comunicar a bancos e fornecedores a necessidade de renegociação de contratos ou darem entrada em pedidos de recuperação judicial.
Outra reclamação das empresas de engenharia e montagem tem a ver com uma postura da Petrobras de exigir alterações no escopo original de projetos e, depois, se recusar a atender pedidos de aditivos para cobertura de aumentos de custos provocados pelas mudanças. Semanas atrás, uma das principais companhias do setor, a Tenace Engenharia, com quase 30 anos de serviços, pediu falência, dispensando todos os dois mil funcionários.
Na carta que encaminhou aos credores, a Tenace citou que a insolvência da companhia teve origem "em específica e danosa relação contratual estabelecida com a Petrobras".
A Tenace foi contratada para a construção da Unidade de Gasolina e das Instalações de Recebimento e Expedição de Diesel do Pólo de Guamaré (RN), uma das principais obras do PAC. Por mudanças no projeto, os custos subiram R$ 72 milhões. A Petrobras aceitou pagar R$ 22 milhões a mais.
Uma fonte do setor afirma que uma crise de insolvência entre empresas de engenharia e montagem industrial irá impactar outras áreas da economia, fornecedoras desta atividade, como fabricantes de máquinas e equipamentos, material para montagem e instalações e até mesmo alimentação.

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