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Economia

Fusão Itaú Unibanco corta 15.941 postos de trabalho

Felizes em 2008 (fotos), quando anunciaram a fusão entre suas casas bancárias, Roberto Setúbal e Pedro Moreira Salles cortam; nos últimos doze meses foram cerca de 9 mil demissões na instituição; trombada com a política econômica de preservação de empregos; bancários protestam

Fusão Itaú Unibanco corta 15.941 postos de trabalho (Foto: Edição/247)
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247 – Em relação ao emprego, foi um massacre. Dados oficiais compilados pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo mostram que a fusão que gerou em 2008  o maior banco privado do País, o Itaú Unibanco, resulta, quatro anos depois, na extinção de 15.941 postos de trabalho. Esse é o placar negativo das demissões ocorridas nas instituições das famílias Setúbal e Moreira Salles. Apenas no último ano, o Itaú Unibanco demitiu cerca de 9 mil profissionais, despertando uma onda de protestos de bancários e ex-bancários em diferentes capitais do País. São Paulo e Rio de Janeiro foram dois dos Estados mais atingidos pelos cortes.

Apenas entre os meses de março e junho deste ano, os cortes no banco chegaram a 3.777 vagas. Ao jornal O Estado de S. Paulo, que em sua edição de hoje destaca a onda de demissões, a assessoria do Itaú Unibanco atribuiu à venda da processadora de cartões Orbitall o motivo para 40% desses cortes. O que transparece mais fortemente, porém, é uma política distinta do Itaú em relação aos seus concorrentes privados e os bancos públicos. Enquanto na instituição o chamado "facão" vai descendo pesadamente, entre junho do ano passado e junho deste foram criadas 6.214 vagas no Bradesco e 1.557 vagas no Santander. No mesmo período, a Caixa Econômica Federal aumentou seu quadro funcional em 3.492 profissionais.

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A postura de cortes do Itaú Unibanco bate de frente com os esforços da política econômica do governo, que tem na preservação do emprego a maior expectativa em relação à ultrapassagem, pelo Brasil, da crise econômica internacional. Os sindicatos temem que a instituição mantenha a política de reduzir o quadro funcional, o que levará a novos protestos.

Enquanto encolhe no Brasil,o Itaú Unibanco continua de olho a crescer no exterior. Fortes rumores no mercado internacional deram conta, na semana passada, de uma iniciativa de compra, por cerca de US$ 15 bilhões, pelo Itaú, do banco americano Citizens, um braço do inglês RBS. A notícia circulou na mídia especializada, mas foi negada em comunicado oficial assinado pelo diretor de Relações com Investidores Alfredo Setúbal. O texto, porém, ao mesmo tempo que nega, deixa aberta a porta para a aquisição. A seguir, a íntegra:

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"Em resposta ao Ofício CVM/SEP/GEA-1/Nº 644/2012, de 07/08/2012, e à vista da notícia vinculada, em 06/08/2012 no jornal O Estado De São Paulo, de título "Itaú disputa compra de banco nos EUA", o Itaú Unibanco Holding S.A. ("Itaú Unibanco") esclarece que:

Não está negociando a aquisição do Citizens, braço americano do Royal Bank of Scotland, e nem de outras instituições financeiras americanas, sendo que não há proposta ou documento vinculante nesse sentido; e

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Cabe destacar que o Itaú Unibanco está sempre considerando opções para expandir suas operações no mercado financeiro e, conforme a sua Política de Divulgação, o Itaú Unibanco comunicará imediatamente ao mercado qualquer informação que caracterize fato relevante.

São Paulo, 7 de agosto de 2012.

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ALFREDO EGYDIO SETUBAL

Diretor de Relações com Investidores

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