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Futuro da Grécia está na mão do setor privado

Novos financiamentos devem chegar a 30 bilhes de euros, o que ajudaria a evitar uma nova crise de liquidez

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Os governos da zona do euro chegaram a um acordo preliminar sobre a concessão de novos financiamentos para a Grécia, que provavelmente exigirão 30 bilhões de euros em contribuições do setor privado, de acordo com autoridades do bloco.

A zona do euro vai pedir aos credores do setor privado para trocar dívidas de vencimento mais curto da Grécia por outras de longo prazo, um processo que poderia começar em julho, depois que os ministros de Finanças do bloco aprovarem o novo pacote de ajuda ao país em sua reunião marcada para 20 de junho, disseram as autoridades.

Os novos empréstimos seriam custeados pela Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês), mas o financiamento viria com a condição de que bancos, fundos de pensões e outros investidores aceitassem trocar seus atuais títulos da dívida grega por outros mais de prazo mais longo. "Os investidores privados teriam um forte incentivo para participar. Se eles não o fizerem haverá um (calote)", disse uma autoridade europeia.

Quando os governos da zona do euro e o Fundo Monetário Internacional (FMI) concordaram em fornecer 110 bilhões de euros em empréstimos para a Grécia, em maio de 2010, eles esperavam que o país fosse capaz de voltar aos mercados de capitais em 2012. Mas isso não será possível com a Grécia tendo que pagar juros acima de 15% para os títulos de dívida com vencimento em dez anos. Em fevereiro, a UE e o FMI estimaram que a Grécia precisaria de 44 bilhões de euros em financiamento de longo prazo desde o início de 2012 até a primeira metade de 2013.

Os governos da zona do euro também querem que o Banco Central Europeu (BCE) encoraje a troca da dívida grega aceitando apenas os novos bônus gregos como garantia para empréstimos, recusando-se a aceitar os títulos antigos.

Mas o BCE tem sido contra a adoção de mais medidas coercitivas destinadas a manter os credores privados fornecendo financiamento para o país a partir de 2012. Os governos da zona do euro defendem que o processo de troca de dívida não mudaria os contratos existentes ou desencadearia um evento de crédito, o que pode amenizar as preocupações do BCE de que os credores privados seriam forçados a contribuir com recursos.

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