G-20 concorda em evitar desvalorização competitiva
Consenso foi atingido por insistência do Brasil e outros emergentes; no entanto, confronto entre países que defendem austeridade e os que querem mais estímulos para recuperar a economia global não foi superado
247 – Presente no encontro de Ministros de Finanças do G20 (grupo das principais economias avançadas e em desenvolvimento) Guido Mantega se disse satisfeito com a “discussão” sobre câmbio, mas não deixou ressaltar o confronto entre países que defendem austeridade e os que querem mais estímulos para recuperar a economia global. “Essa diferença não foi superada”, disse o ministro.
O grupo concordou em remeter ao FMI a questão sobre a guerra cambial, termo usado para se referir ao fato de alguns países manterem suas moedas desvalorizadas de maneira artificial, tornando as exportações mais baratas e competitivas e provocando um efeito negativo em países com moedas mais valorizadas.
As potências econômicas mundiais se comprometem a “efetuar um monitoramento dos impactos negativos sobre os outros países de políticas implementadas para fins domésticos e a minimizar esses impactos”.
Por insistência do Brasil e outros emergentes, o grupo volta a se comprometer a se “abster de fazer desvalorizações competitivas” - o que na prática não evitou até agora que isso continuasse a ocorrer.
As políticas expansionistas do Japão, que deixaram baixar o yen, escaparam das críticas em um comunicado acordado em Moscou pelos responsáveis financeiros do G20.
“O Japão apresentou um plano de recuperação. A política monetária expansionista do Japão não é criticada, e não houve nenhuma censura à política japonesa, que é para combater o risco da deflação”, disse o ministro do Brasil.
O encontro do G20 ocorre em um momento em que várias das maiores economias do mundo ainda lutam para recuperar o crescimento.
Dados divulgados ontem indicam que o Japão, a terceira maior economia do mundo, continua em recessão. O Produto Interno Bruto (PIB) encolheu 0,1% no trimestre encerrado em dezembro em relação aos três meses anteriores. Foi a terceira retração consecutiva do país.
Na Europa, a recessão também se aprofundou no último trimestre de 2012. A economia dos 17 países da zona do euro encolheu 0,6% no quarto trimestre, a maior queda desde o início de 2009.
As economias da Alemanha, da França e da Itália, as maiores da zona do euro, encolheram mais do que o esperado.
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