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Gerdau derrete após Zelotes; Petrobras sobe

As ações da Gerdau operavam com forte queda na Bovespa, de 6,90%, após ser alvo da 6ª fase da operação Zelotes, da Polícia Federal, nesta quinta-feira; já a Metalúrgica Gerdau (GOAU4) registra queda de mais de 13%; as papéis da Petrobras, por outro lado, operam em alta de 2,13%, um dia depois de o Senado aprovar o fim da exclusividade da companhia nos poços do pré-sal

As ações da Gerdau operavam com forte queda na Bovespa, de 6,90%, após ser alvo da 6ª fase da operação Zelotes, da Polícia Federal, nesta quinta-feira; já a Metalúrgica Gerdau (GOAU4) registra queda de mais de 13%; as papéis da Petrobras, por outro lado, operam em alta de 2,13%, um dia depois de o Senado aprovar o fim da exclusividade da companhia nos poços do pré-sal (Foto: Aquiles Lins)

Do Infomoney - 10h40: Bancos

Os papéis do Banco do Brasil (BBAS3, R$ 13,01, -0,46%) descolam do restante do setor e registram leve queda após balanço do 4° trimestre. Para o BTG Pactual, a primeira leitura é de um resultado mais fraco, com provisões sobre devedores duvidosos mais alta compensado por uma alíquota menor. No mesmo momento, Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 24,80, +0,49%), Bradesco (BBDC4, R$ 20,87, +0,92%) e Santander (SANB11, R$ 14,21, +0,78%) registravam leves ganhos.

Os analistas ressaltaram que o resultado do banco veio cheio de ajustes, com lucro ajustado de R$ 2,65 bilhões no trimestre, muito abaixo do consenso do mercado de R$ 2,72 bilhões, e com qualidade pior. "Gostamos muito do anúncio feito ontem de redução do payout (dividendos/lucro líquido) para 25%, contra 40% anteriormente, pois achamos que é um movimento na direção correta, mas achamos que o papel pode sofrer por conta desse trimestre", comentaram os analistas do BTG.

Em 2015, o Banco do Brasil registrou um lucro líquido de R$ 14,4 bilhões em 2015, o que representa uma alta de 28% ao obtido no ano anterior, quando os ganhos somaram R$ 11,24 bilhões. Entre outubro e dezembro, os ativos do banco somaram R$ 1,51 trilhão, um crescimento de 9,7% em 12 meses. Com isso, o lucro líquido por ação do BB alcançou R$ 5,05 em 2015. A remuneração aos acionistas atingiu R$ 5,7 bilhões no ano. Só no último trimestre do ano, o valor por ação foi de R$ 0,89. O Banco do Brasil foi o último banco a apresentar o resultado de 2015. No início do mês, o Itaú Unibanco anunciou ter registrado lucro de R$ 23,35 bilhões, enquanto o lucro líquido do Bradesco cresceu para R$ 17,19 bilhões em 2015. Já o banco Santander Brasil registrou lucro de R$ 6,624 bilhões no ano passado.

10h35: Gerdau (GGBR4, R$ 3,51, -6,90%)
As ações da Gerdau abriram em forte queda hoje, com baixa de mais de 8%, mas logo amenizou os ganhos. A Polícia Federal realizou buscas em sedes do grupo siderúrgico nesta quinta-feira, no âmbito da operação Zelotes, que investiga fraudes em julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), disse à Reuters uma fonte que pediu para não ser identificada. As buscas estão sendo realizadas em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Pernambuco.

Em nota, a Gerdau confirmou que a Polícia Federal está, hoje pela manhã, em suas dependências. A empresa afirmou que "está colaborando integralmente com as investigações da Polícia Federal". "Gerdau não concedeu qualquer autorização para que seu nome fosse utilizado em pretensas negociações ilegais, repelindo veementemente qualquer atitude que tenha ocorrido com esse fim", afirmou. Já a Metalúrgica Gerdau (GOAU4) registra queda de mais de 13%.

10h30: Vale (VALE3, R$ 11,29, -3,59%; VALE5, R$ 8,25, -4,07%)
As ações da Vale caem forte nesta sessão após o resultado fraco da companhia. A companhia anunciou um prejuízo de R$ 44,2 bilhões em 2015, revertendo o lucro de R$ 954 milhões do ano anterior. Apenas no quarto trimestre, o resultado da companhia foi negativo em R$ 33,2 bilhões, uma piora expressiva sobre o prejuízo de R$ 4,8 bilhões do mesmo período de 2014.

Entre os fatores para essa piora a companhia cita os maiores "impairments" no ano passado - instrumento que adequa o ágio pago nas aquisições no exterior à realidade atual do mercado - e à depreciação de 47% do real contra o dólar.

Segundo a XP Investimentos, apesar de continuar observando redução no custo por tonelada, o resultado foi fraco, refletindo o cenário desafiador do setor. "Tivemos efeito positivo não-recorrente nos números desse trimestre e uma performance ruim no segmento de Metais Básicos. Junto a isso, a endividamento continua aumentando, atingindo níveis que chamam atenção (3,6 vezes a dívida líquida/Ebitda".

Já o BTG Pactual comentou que o resultado da companhia vem bem "poluído e com baixa qualidade". Ebtida reportado veio em linha, mas número foi inflado por ajuste contábil de US$ 331 milhões, comentaram os analistas. Eles destacam ainda que a companhia teve queima de caixa relevante (em US$ 600 milhões no trimestre), com alavancagem, medida pela dívida líquida/Ebitda, indo para perto de 4 vezes, podendo piorar.

Cabe lembrar a forte queda do preço do minério de ferro. A commodity negociada em Qingdao teve baixa de 3,66%, a US$ 49,75 a tonelada.

10h25: Petrobras (PETR3, R$ 7,18, +2,13%;PETR4, R$ 4,99, +2,46%)
As ações da Petrobras sobem apesar da queda do brent, que registra baixa de 0,84%, a US$ 34,12 o barril. O Plenário do Senado aprovou ontem (24) o projeto de lei que acaba com a participação obrigatória da Petrobras na exploração dos campos do pré-sal. O texto, que agora será votado na Câmara, estabelece que a estatal terá a prerrogativa de escolher se quer ser operadora do campo ou se prefere se abster da exploração mínima de 30% a que a lei a obriga atualmente.

"A extinção do modelo de partilha ajuda, mas não resolve o problema da companhia que tem R$ 506 bilhões de dívida e 73% desse montante em dólar e com o preço do petróleo em baixa. Seguimos céticos com o ativo", afirma a XP Investimentos.

Cabe lembrar que, ontem, a agência de classificação de risco Moody's rebaixou a nota decrédito da Petrobras para "B3" ante "Ba3", que já era grau especulativo, após retirar mais cedo o selo de bom pagador do Brasil. A perspectiva para o rating é negativa. A nota foi cortada de Baa3 para Ba2. Segundo a agência, o rebaixamento reflete a deterioração de liquidez da empresa, o fluxo de caixa negativo, o alto nível de endividamento, o risco de desvalorização do real e desafios operacionais no atual ambiente econômico do Brasil. A Moody's acredita que a o fluxo de caixa da Petrobras continuará negativo no futuro próximo, uma vez que seu setor de exploração e produção sofre com os preços extremamente baixos do petróleo e as operações de refino são impactadas pela fraca demanda, alta concorrênciae instabilidade da moeda. A empresa também enfrenta sérios riscos em relação às investigações de corrupção do esquema Lava-Jato e das ações coletivas internacionais.

10h20: Oi (OIBR4, R$ 1,57, -7,10%) e TIM (TIMP3, R$ 6,38, 0%)
A Oi cai forte após a notícia de que a companhia de investimentos sediada em Londres LetterOne, controlada pelo bilionário russo Mikhail Fridman, afirmar que não pode mais prosseguir com um plano de apoiar uma fusão entre a companhia e a TIM.
"A L1 Technology foi informada pela TIM que (...) não quer entrar em mais negociações sobre a facilitação de uma fusão entre Oi e TIM no Brasil", afirmou a LetterOne em comunicado. "A intenção da L1 Technology era destravar o potencial vislumbrado para este acordo por meio de uma estrutura em que todas as companhias estariam alinhadas. Entretanto, sem a participação da TIM, a L1 Technology não pode mais prosseguir com o acordo proposto como anteriormente vislumbrado", afirmou a companhia.

10h15: Telefônica (VIVT4, R$ 36,56, +1,70%)
As ações da Telefônica registram alta após o resultado do quarto trimestre. O lucro líquido reportado pela companhia atingiu R$ 1,11 bilhão no quarto trimestre, queda de 10,7% em relação a um ano antes. Ao longo de 2015 o lucro recuou 36,4%, para um total de R$ 3,3 bilhões. A companhia registrou receita líquida de R$ 10,7 bilhões no trimestre, alta de 3,4% em relação a igual período de 2014, e fechou o ano em R$ 42 bilhões, 4,8% a mais na comparação anual. Segundo o BTG Pactual, o balanço da companhia confirmou a consideração de que a empresa é a mais integrada no setor do Brasil. Os analistas também destacam a margemEbitda surpreendente e ressalta que o valuation da empresa está atrativo.