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Economia

Giannetti: 'crise é grande, mas sem risco de colapso'

O economista Eduardo Giannetti, que foi um dos conselheiros de Marina Silva na eleição passada, diz que acredita que a presidente Dilma Rousseff concluirá seu mandato, no entanto o encerrará de forma enfraquecida; embora enxergue a crise montada sobre uma combinação perigosa ("crise política e econômica em que uma alimenta a outra"), ele avalia que "não há nenhum risco iminente de colapso"; para ele, a crise é provocada pelo esgotamento da expansão fiscal que começou em 1988 e o esfacelamento do presidencialismo de coalizão; Gianetti diz também que fica aliviado pelo fato de a oposição não ter vencido a última eleição; "Iria ser muito difícil explicar para a população brasileira que o que está acontecendo não tinha começado com o novo governo", frisa

O economista Eduardo Giannetti, que foi um dos conselheiros de Marina Silva na eleição passada, diz que acredita que a presidente Dilma Rousseff concluirá seu mandato, no entanto o encerrará de forma enfraquecida; embora enxergue a crise montada sobre uma combinação perigosa ("crise política e econômica em que uma alimenta a outra"), ele avalia que "não há nenhum risco iminente de colapso"; para ele, a crise é provocada pelo esgotamento da expansão fiscal que começou em 1988 e o esfacelamento do presidencialismo de coalizão; Gianetti diz também que fica aliviado pelo fato de a oposição não ter vencido a última eleição; "Iria ser muito difícil explicar para a população brasileira que o que está acontecendo não tinha começado com o novo governo", frisa (Foto: Valter Lima)
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247 - O economista Eduardo Giannetti, que foi um dos conselheiros da candidata Marina Silva, na eleição passada, diz, em entrevista, ao Estadão, que acredita que a presidente Dilma Rousseff concluirá seu mandato, no entanto o encerrará de forma enfraquecida. Embora enxergue a crise montada sobre uma combinação perigosa ("crise política e econômica em que uma alimenta a outra"), ele avalia que "não há nenhum risco iminente de colapso".

"Eu não vejo nenhum risco iminente de colapso. A situação externa do Brasil não é periclitante. Nós temos reservas cambiais de US$ 370 bilhões, que são um seguro contra a fuga de capitais. Estamos com um déficit em conta corrente num caminho de ajustamento. Não há risco de colapso iminente, mas o problema é que não se vislumbra nenhum horizonte de recuperação da economia", diz.

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Giannetti critica os ajustes fiscais do governo. "Eu fiquei muito mal impressionado com o amadorismo e a improvisação do pacote fiscal. Curiosamente, faz lembrar o estilo das pedaladas fiscais e da contabilidade criativa. É uma tentativa de parecer que está se fazendo algo, o que, na realidade, não está se fazendo. Só que agora no sentido da contenção e não da expansão (de gastos). Mas é preciso olhar as árvores e a floresta. Toda a discussão está focada nas árvores e, às vezes, até na folha", afirma.

O economista avalia ainda que a crise é provocada por dois motivos: o esgotamento da expansão fiscal que começou em 1988 e a crise de representação política, com o esfacelamento do presidencialismo de coalizão. Por isso, ele avalia que "o cenário mais provável é a Dilma permanecer muito enfraquecida até o fim do mandato". "Mas tem grandes imponderáveis nessa história: as ruas, a Lava Jato e a articulação política que está se montando de grupos que estão percebendo a oportunidade de ocupar o poder sem passar pelo voto", pontua.

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Gianetti diz que fica aliviado pelo fato de a oposição não ter vencido a última eleição. "Iria ser muito difícil explicar para a população brasileira que o que está acontecendo não tinha começado com o novo governo. Foi mantida artificialmente uma situação ilusória, mas a realidade se impôs e coincidiria com o início de um novo governo. Acho que há uma certa justiça no fato de que quem provocou, agora, assuma a responsabilidade de lidar", afirma.

Aqui a entrevista na íntegra.

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