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Governo adia leilão do trem-bala em um ano

Entrega das propostas estava prevista para a próxima sexta-feira 16, e a primeira etapa do leilão do trem de alta velocidade (TAV) estava marcado para o dia 19 de setembro; "Sentimos que o certame caminhava para apenas um participante", justificou o ministro dos Transportes, César Borges; governo garante que adiamento não compromete cronograma do projeto

Governo adia leilão do trem-bala em um ano
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Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O governo decidiu adiar em um ano a primeira etapa do leilão do trem de alta velocidade (TAV), que deverá ligar as cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas. A entrega das propostas estava prevista para a próxima sexta-feira (16), e o leilão estava marcado para o dia 19 de setembro.

"Depois de muitas conversas com prováveis participantes, sentimos que o certame caminhava para apenas um participante e os outros prováveis concorrentes solicitavam o adiamento do processo para finalizar entendimentos entre todos que participariam desta fase inicial de elaboração do projeto", disse o ministro dos Transportes, César Borges. Segundo ele, a previsão para início da operação do trem em 2020 está mantida.

Desde 2010, quando foi lançado pela primeira vez, o leilão do trem-bala já foi adiado duas vezes a pedido das empresas interessadas em participar da disputa. A primeira data da licitação foi dia 16 de dezembro de 2010. Depois o leilão passou para 29 de abril de 2011 e foi remarcado novamente para o dia 29 de julho de 2011.

Nessa última data, o leilão chegou a ser aberto, mas não recebeu propostas. Depois disso, o governo decidiu dividir a licitação em duas etapas: a primeira vai definir o operador do trem-bala e a tecnologia a ser usada, e a segunda vai contratar a infraestrutura do projeto.

Governo garante que adiamento do leilão não compromete cronograma do trem-bala

Apesar do adiamento, em um ano, da primeira etapa do leilão do trem de alta velocidade (TAV), anunciado hoje (12), o governo garante que a data para início do funcionamento comercial do trem está mantida para junho de 2020. O projeto deve estar pronto um ano antes para a realização de testes operacionais.

Segundo o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, a data de início das operações do TAV não muda porque a segunda fase do leilão, que irá definir as empresas responsáveis pela infraestrutura do projeto, está mantida para o início de 2015, mesmo com o adiamento da primeira fase, que irá contratar o operador do trem-bala, a tecnologia e os equipamentos.

O governo decidiu adiar a primeira etapa do leilão porque interessados em participar da disputa, como empresas da Espanha e da Alemanha, pediram mais prazo para organizar os consórcios que irão entrar na licitação. Empresas da França já tinham manifestado interesse em participar da disputa.

Segundo Figueiredo, as empresas não fizeram mais exigências ao governo para participar do leilão. "Não estamos adiando o processo porque o leilão não é atrativo para as empresas. Pelo contrário, estamos adiando porque ele é mais atrativo, tem mais empresas querendo participar e estamos oferecendo a oportunidade", disse.

O ministro dos Transportes, César Borges, explicou que, como foi apenas um adiamento, e não o cancelamento do leilão, provavelmente as regras do edital devem permanecer as mesmas. "É claro que, com o prazo de adiamento de um ano, poderá haver aperfeiçoamentos no edital. Hoje não há nenhuma decisão em relação a isso, nem solicitação de mudanças no edital, mas não vamos garantir que, daqui a um ano, eventualmente, o que vier para aperfeiçoar e dar segurança ao processo poderemos fazer."

As empresas interessadas em participar do leilão que pediram o adiamento deram garantia de que, daqui a um ano, irão participar da licitação. Além disso, empresas coreanas e japonesas também poderão participar do leilão, com a prorrogação do prazo. "Estamos disponíveis para conversar com todos os que tiverem interesse, queremos que a concorrência seja a mais ampla possível", disse Borges.

Este é o terceiro adiamento do leilão do trem de alta velocidade, que deverá ligar as cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas. A entrega das propostas estava prevista para a próxima sexta-feira (16), e o leilão estava marcado para dia 19 de setembro. A licitação chegou a ser realizada em julho de 2011, mas não recebeu propostas. Depois disso, o governo decidiu dividir a licitação em duas etapas: a primeira vai definir o operador do trem-bala e a tecnologia a ser usada, e a segunda vai contratar a infraestrutura do projeto.

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