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Economia

Governo muda regra de teto salarial e aumenta vencimentos de Bolsonaro, ministros e militares

Ministério da Economia alterou a regra salarial do funcionalismo público possibilitando que Jair Bolsonaro e ministros, além de servidores civis aposentados e militares da reserva que ocupem cargos comissionados ou eletivos, recebam vencimentos acima do teto constitucional, atualmente em R$ 39,2 mil

(Foto: ABr)
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247 - O Ministério da Economia publicou uma portaria que altera a regra salarial de determinadas categorias do funcionalismo público e permitirá que Jair Bolsonaro e ministros, além de servidores civis aposentados e militares da reserva que ocupem cargos comissionados ou eletivos, possam receber vencimentos acima do teto constitucional, atualmente em R$ 39,2 mil. De acordo com reportagem do site G1, a mudança deverá custar R$ 181,32 milhões já neste ano. 

Pela regra atual, um servidor aposentado e nomeado para um cargo comissionado recebe a aposentadoria e o salário referente ao posto ocupado. Se a soma dos dois ultrapassar o limite de R$ 39,2 mil, valor correspondente aos vencimentos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), é aplicado um desconto até a remuneração máxima ficar dentro do limite do teto. Pela portaria, publicada no dia 30 de abril e já batizada de "teto duplex", a verificação será feita por cada vencimento. Caso cada remuneração esteja abaixo do teto, os valores poderão ser recebidos integralmente.  

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Apesar do Ministério da Economia afirmar que "a regra vale para todos" e que não comentaria "casos pontuais", especialistas observam que a medida irá beneficiar diretamente Jair Bolsonaro e ministros como Luiz Eduardo Ramos (Casa Civil) e Walter Braga Netto (Defesa). "Isso foi para beneficiar, incorporar os militares. Eles estão fugindo dessa conversa porque o ambiente não é favorável à discussão. Como não estão dando aumento de remuneração, é um rearranjo interno e são essas decisões que vão criando inúmeras situações que vão fugir do teto", disse o conselheiro do Conselho Federal de Contabilidade, Adriano Marrocos.

Braga Netto, que é general da reserva desde fevereiro do ano passado, sofreu um corte de cerca de R$ 22,7 mil em função do teto constitucional. Agora, ele poderá receber este valor de forma integral. A mesma situação será válida para Luiz Eduardo Ramos, que teve os vencimentos cortados em cerca de R$ 27 mil. Com a mudança, Jair Bolsonaro irá incorporar aproximadamente R$ 2,3 mil ao contracheque.  

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O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) usou as redes sociais para criticar a mudança que, segundo ele, visa agradar os generais que ocupam cargos no governo federal. “Governo Bolsonaro muda regra para agradar Generais e permite a aposentado em cargo de confiança ganhar mais que o teto salarial. Em plena pandemia Capitão Cloroquina faz farra com dinheiro público e se lambuza no leite condensado”, escreveu o parlamentar no Twitter. 

Confira a postagem de Paulo Pimenta sobre o assunto. 

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