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Economia

Grécia diz que dará calote e bolsas têm queda brutal

Uma autoridade do governo do primeiro-ministro Alexis Tsipras revelou à agência Reuters que o país não fará o pagamento da parcela de 1,6 bilhão de euros em empréstimos do FMI, que vence nesta terça-feira; calote pode forçar saída do país da zona do euro; bolsas no mundo todo registram forte queda com temor de colapso grego; mercados europeus vivenciam pior dia desde 2011; na Ásia, os índices Nikkei, Shangai e Hang Seng também sofreram fortes quedas e a situação para os índices norte-­americanos é parecida, com perdas pelo Dow Jones, o S&P 500 e o Nasdaq; no Brasil, o Ibovespa caía quase 2% às 13h20 com "tragédia grega" e repercutindo a divulgação do Plano de Negócios da Petrobras;   

Uma autoridade do governo do primeiro-ministro Alexis Tsipras revelou à agência Reuters que o país não fará o pagamento da parcela de 1,6 bilhão de euros em empréstimos do FMI, que vence nesta terça-feira; calote pode forçar saída do país da zona do euro; bolsas no mundo todo registram forte queda com temor de colapso grego; mercados europeus vivenciam pior dia desde 2011; na Ásia, os índices Nikkei, Shangai e Hang Seng também sofreram fortes quedas e a situação para os índices norte-­americanos é parecida, com perdas pelo Dow Jones, o S&P 500 e o Nasdaq; no Brasil, o Ibovespa caía quase 2% às 13h20 com "tragédia grega" e repercutindo a divulgação do Plano de Negócios da Petrobras;    (Foto: Gisele Federicce)
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247 – Uma autoridade do governo grego revelou à agência Reuters que o país não fará o pagamento da parcela de 1,6 bilhão de euros em empréstimos do FMI, que vence nesta terça-feira 30. O calote pode forçar a saída do país da zona do euro.

O governo do primeiro-ministro Alexis Tsipras fechou os bancos hoje e impôs controles de capital, além de ter convocado um referendo para o próximo domingo sobre a oferta de acordo, pedindo que os gregos a rejeitassem, o que provocou consternação entre os credores.

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A situação levou a uma queda brutal das bolsas no mundo todo. Mercados europeus vivenciam seu pior dia desde 2011. O índice das principais ações europeias FTSEurofirst 300 chegou a cair 2,57%, a 1.533 pontos, de acordo com informações do portal Infomoney.

Na Ásia, o Nikkei teve baixa de 2,88%, Shangai caiu 3,29% e o Hang Seng caiu 2,61%. A situação para os índices norte-americanos é parecida, com o Dow Jones caindo 0,75% ao passo que o S&P 500 recua 0,74% e o Nasdaq registra perdas de 0,84%.

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No Brasil, o Ibovespa caía quase 2% às 13h20 com a repercussão da "tragédia grega" e da divulgação do Plano de Negócios da Petrobras 2015-2019, que teve queda de 37% nos investimentos, em comparação com o último.

Confira abaixo trecho de reportagem do portal Infomoney sobre a reação, no mercado global, frente à ameaça do colapso grego:

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Grécia no radar

Mesmo a frase do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, afirmando que o "Grexit" nunca irá acontecer, os mercados hoje já começaram o dia em "sell-off". Na Ásia, o Nikkei teve baixa de 2,88%, Shangai caiu 3,29% e o Hang Seng caiu 2,61%. Já pela Europa, o índice FTSE 100 recua 1,18%, o DAX cai 2,07%, o CAC 40 despenca 2,51%, o FTSE MIB mergulha 3,48%, o IBEX 35 tem perdas de 3,41% e o Stox 600 já cai 1,73%. A situação para os índices norte-americanos é parecida. O Dow Jones cai 0,75% ao passo que o S&P 500 recua 0,74% e o Nasdaq registra perdas de 0,84%.

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"A chance de um acordo até o começo do fim de semana parecia de 50%, mas agora estamos com zero e uma grande dose de incerteza adicional surgiu com o anúncio do referendo grego, o congelamento da linha de liquidez emergencial do BCE (Banco Central Europeu) e o esperado atraso no pagamento ao Fundo Monetário Internacional (FMI) esta semana", dizem os analistas do Royal Bank of Scotland (RBS) em relatório enviado aos clientes nesta manhã.

O maior risco para diversos especialistas é de contágio para outros países da zona do euro, que podem sair depois da Grécia, como Portugal, Espanha e Itália. O risco, no entanto, é menor do que há alguns anos. "Primeiro porque os bancos europeus já reduziram bastante sua exposição à Grécia. Depois, porque outras economias consideradas vulneráveis do bloco, como Espanha, Portugal e Irlanda, estão caminhando na direção de colocar suas contas em dia e retomar o crescimento", diz o economista Silvio Campos Neto, da Tendências Consultoria em entrevista à BBC.

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Para mercados emergentes como o brasileiro, o risco trazido pela crise da Grécia é o surgimento de uma forte aversão ao risco entre os investidores internacionais, prejudicando principalmente os emergentes. O real, por exemplo, deve se desvalorizar, com uma corrida por ativos mais seguros como os títulos da dívida norte-americana.

O analista da Spinelli, Elad Revi, diz que esta situação gera incertezas em escala global. "Quanto ao que afeta diretamente o Brasil, pensemos que, no caso de, de fato, a Grécia 'defaultar', o fluxo de capital mundial se volta diretamente ao que chamamos de portoseguro, então, Franco Suiço, Ouro, EUA por exemplo. Brasil, infelizmente não está nesse conjunto, logo, sai capital estrangeiro daqui; por essa e outras 'n' razões claro. Saindo capital daqui afeta diretamente bolsa e câmbio em um primeiro instante", explica.

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No entanto, ele diz que o risco da Grécia sair da zona do euro efetivamente é complexo demais para ser calculado. Revi lembra que por mais que se monitore a situação do país todos os dias, há sempre uma novidade, como o referendo, que surpreendeu até aos credores.

Apesar de toda a negatividade no cenário de hoje, o analista independente do blog WhatsCall, Flávio Conde, diz que a sua recomendação é não vender. "A gente vai viver uma semana atípica com um mini pânico por causa da Grécia que vai juntar com a corrupção no Brasil. É preciso aguentar", explica, apostando em correções nas próximas semanas.

Confira reportagem da Reuters sobre o assunto:

Banqueiros da Europa fazem pausa por causa da Grécia

O aprofundamento da crise da dívida da Grécia levou banqueiros a fazerem uma pausa e a evitarem pânico nesta segunda-feira, com os mercados caindo com força, mas se mantendo acima das mínimas de antes da crise.

As ações da zona do euro seguiram bem cima dos níveis do início do ano, antes de o Banco Central Europeu (BCE) começar a imprimir dinheiro. E embora os custos de empréstimos de governos tenham subido em países endividados do sul da Europa --Itália, Espanha e Portugal-- eles permanecem bem abaixo das máximas alcançadas no ápice da crise em 2011/12.

"Estou firmemente convencido que não veremos a integração europeia se desfazer", disse o presidente do UBS e ex-membro do conselho do BCE, Axel Weber, em conferência bancária em Bern.

"As pessoas sentem que haverá uma solução racional. Se eu olhar para a Europa, soluções racionais sempre levam um tempo para surgir. Normalmente na Europa essas soluções racionais não são encontradas até dois minutos antes do mercado asiático abrir."

Uma série de empresas alemãs, incluindo a do setor imobiliário Ado Properties, congelaram suas estreias no mercado acionário após a Grécia chegar ainda mais perto de dar o calote --mas disseram esperar que possam relançá-las mais tarde.

"Qualquer coisa para esta semana as pessoas vão segurar. Mas é segurar e não cancelar", disse um banqueiro que trabalha com emissões do mercado acionário de Londres.

 

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