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Economia

Ibovespa sobe mais de 4% e supera os 106 mil pontos após números do IPCA

A surpresa positiva com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo e a indicação de novas regras fiscais influenciaram no movimento do Ibovespa

Ibovespa (Foto: REUTERS-Amanda Perobelli)
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Lara Rizério e Vitor Azevedo, no InfoMoney - Depois de rondar os 100 mil pontos, é o momento do Ibovespa ganhar impulso e se afastar de vez desse patamar?

Às 14h35 (horário de Brasília) desta terça-feira (11), o Ibovespa saltava 4,20%, a 106.120 pontos, e chegou a superar os 105.500 pontos. com um “combo” de fatores positivos que também levam a uma queda expressiva do dólar na sessão. Se fechar com esse desempenho, será o maior ganho percentual do índice em um dia desde 3 de outubro de 2022, quando fechou em disparada de 5,54% na sessão seguinte ao primeiro turno das eleições no país. Nesta manhã, a surpresa positiva com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que veio abaixo do esperado, animou os investidores. Além disso, também contribui com a alta a indicação de que a equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, busca entregar a proposta final da nova regra fiscal ao Congresso nesta semana.

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O índice de inflação subiu 0,71% em março, depois de ter avançado 0,84% em fevereiro, mostraram os dados divulgados pelo IBGE nesta terça-feira. Em 12 meses, acumulou aumento de 4,65%, contra 5,60% antes, a variação foi a mais baixa e marcou a primeira vez que o índice ficou abaixo de 5% desde janeiro de 2021. Ambos os dados foram menores que as expectativas.

A inflação em desaceleração e a convergência das expectativas, além do noticiário sobre o arcabouço fiscal (dando luz sobre as contas públicas brasileiras), ajudam a impulsionar a Bolsa brasileira, uma vez que abririam espaço para perspectivas de um corte de juros mais cedo.

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“O IPCA de março abaixo do esperado desencadeou uma onda de otimismo e reprecificação dos ativos de risco, com alta do Ibovespa e do real, enquanto os juros futuros caem. O IPCA apresentou queda nos núcleos e abriu uma brecha para a possibilidade de corte da Selic em junho, em momento em que também há otimismo com o andamento da proposta do novo arcabouço fiscal”, ressalta Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos.

Cabe ressaltar que, em relatório do início do mês, a XP havia elevado a projeção para o Ibovespa no fim do ano de 125 mil pontos para 128 mil pontos, sendo que um dos pontos de maior ânimo era a estabilização das taxas de juros reais de longo prazo.

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Assim, um alívio na taxa Selic, atualmente em 13,75%, é visto como essencial para uma melhora mais sustentável das ações brasileiras, principalmente daquelas sensíveis à economia interna, uma vez que diminui a atratividade da renda fixa e também melhora o ambiente de negócios, facilitando empréstimos e também dando impulso para a economia brasileira. Até o momento, a previsão entre economistas no Focus é de queda dos juros no segundo semestre.

Pedro Canto, analista da CM Capital, avalia que, somados, os dois fatores (inflação em desaceleração e arcabouço fiscal, gerando ancoragem de expectativas) são bem importantes. “Há inflação menor à vista, com provável queda de Selic. Custo de oportunidade cai, risco diminui e ativos de risco sobem”, afirma.

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Cabe ressaltar que, recentemente, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, apontou que as expectativas é que levam à queda da Selic, não o arcabouço fiscal diretamente. Assim, a desaceleração do IPCA é comemorada pelos investidores, em um contexto em que o governo tem pressionado o BC para cortar a Selic.

“Os dados do IPCA de hoje trouxeram surpresas positivas importantes para o cenário brasileiro. Além da surpresa no índice geral, vale destacar melhoras substanciais nas medidas de inflação subjacente, especialmente serviços e núcleos. A melhora também é vista para dados dessazonalizados”, avalia Luca Mercadante, economista da Rio Bravo.

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