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Economia

Indústria apresenta novo recuo no mês de junho

A indústria brasileira encerrou o segundo trimestre com contração em junho devido às dificuldades econômicas que afetam a entrada de novos negócios, ainda que o ritmo de retração da atividade tenha enfraquecido, apontou o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês); índice subiu a 46,5 em junho, contra 45,9 em maio, no quinto mês abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração

A indústria brasileira encerrou o segundo trimestre com contração em junho devido às dificuldades econômicas que afetam a entrada de novos negócios, ainda que o ritmo de retração da atividade tenha enfraquecido, apontou o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês); índice subiu a 46,5 em junho, contra 45,9 em maio, no quinto mês abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração (Foto: Paulo Emílio)
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Camila Moreira, Reuters - A indústria brasileira encerrou o segundo trimestre com contração em junho devido às dificuldades econômicas que afetam a entrada de novos negócios, ainda que o ritmo de retração da atividade tenha enfraquecido, apontou o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgado nesta quarta-feira.

O Markit informou que seu PMI para o setor industrial do Brasil subiu a 46,5 em junho, contra 45,9 em maio, no quinto mês abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração e com destaque para investimentos. Mas apesar de a leitura ter sido a mais alta desde fevereiro (49,6), não há expectativas de recuperação.

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"Parece que o fim da contração ainda não está em vista. Mesmo o real mais fraco falhou em estimular a demanda externa. Não há como negar que este ano será desafiador para o setor industrial brasileiro e a economia mais ampla", apontou em nota a economista do Markit Pollyanna De Lima.

Em junho, as empresas relataram que a persistente queda na entrada de novos negócios foi o principal motivo do recuo no volume de produção, mesmo tendo sido pela taxa mais lenta em quatro meses. "O mercado interno continuou a ser a principal fonte de enfraquecimento", apontou a nota.

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Segundo o Markit, os volumes de pedidos caíram em todos os três subsetores, com mais força o de bens de capital (uma medida de investimento), diante de condições econômicas difíceis e taxas fortes de inflação.

A quantidade de novos pedidos para exportação também diminuiu em junho, com os entrevistados apontando incapacidade de precificar competitivamente, com as cargas de custos aumentando ainda mais.

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Diante dessa situação, as empresas cortaram vagas de trabalho pelo quarto mês seguido, porém pela taxa mais fraca nesta sequência de perdas. O movimento refletiu a menor necessidade de produção, mas também tentativas de controle de custos.

Em relação à inflação, os preços dos produtos subiram pela taxa mais fraca desde outubro do ano passado, devido, segundo o Markit, a uma forte concorrência, demanda fraca e aumentos de custos mais leves. A inflação dos insumos chegou ao menor nível do ano, apesar dos preços mais caros de metais, produtos químicos, alimentos e energia.

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"As taxas de inflação desaceleraram no último mês, em parte devido aos recentes aumentos na taxa de juros básica... Parece que os esforços do Banco Central para combater a inflação estão finalmente chegando ao mercado, embora pareça que a política contracionista está afetando ainda mais o modelo de crescimento liderado pelo consumo", completou Pollyana.

A indústria brasileira vem sendo um dos principais pesos sobre a cambaleante economia do país, com expectativa de que o setor registre neste ano contração de 4,0 por cento, segundo a última pesquisa Focus com analistas. Para o Produto Interno Bruto (PIB), a expectativa era de queda de 1,49 por cento.

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O Instituto Brasileiro de Geografia a Estatística (IBGE) divulga na quinta-feira os números de maio da produção industrial, após queda de 1,2 por cento em abril sobre o mês anterior.

Pesquisa Reuters mostrou que, pela mediana das expectativas, a produção deve ter encolhido 0,6 por cento em maio, sobre abril, e 10,2 por cento sobre um ano antes.

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