TV 247 logo
      HOME > Economia

      Indústria corta vagas em ritmo mais forte dos últimos seis anos

      A contração da indústria do Brasil se intensificou em maio diante de novas quedas acentuadas na produção e no volume de novos pedidos, levando a cortes de empregos pela taxa mais rápida em quase seis anos, de acordo com o Índice de Gerentes de Compras; com a leitura do mês passado, o indicador permanece no nível mais baixo desde setembro de 2011

      O maior impacto foi a queda de 3,5% no nível de emprego industrial no estado de São Paulo (Foto: Paulo Emílio)
      Paulo Emílio avatar
      Conteúdo postado por:

      Camila Moreira, Reuters - A contração da indústria do Brasil se intensificou em maio diante de novas quedas acentuadas na produção e no volume de novos pedidos, levando a cortes de empregos pela taxa mais rápida em quase seis anos, de acordo com o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgado nesta segunda-feira.

      O PMI apurado pelo Markit caiu a 45,9 em maio ante 46,0 no mês anterior, no quarto mês seguido de deterioração nas condições de setor e abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração.

      Com a leitura do mês passado, o indicador permanece no nível mais baixo desde setembro de 2011, com os entrevistados citando condições econômicos difíceis.

      "As últimas leituras sugerem que a contração continua severa... O consumo doméstico parece estar sofrendo com o acesso restrito ao crédito, com a extensão pelo Banco Central de seu ciclo de aperto em abril como parte dos esforços para conter a inflação", avaliou a economista do Markit Pollyanna De Lima.

      "Dado o desemprego resistente, a contínua fraqueza da economia doméstica deve continuar."

      De acordo com o Markit, a contração no volume de produção em maio está entre as mais acentuadas em quatro anos e deriva da quarta redução mensal na entrada de novos negócios.

      Todas as três principais áreas do setor industrial registraram redução na produção, com destaque para a de bens de consumo.

      "Os entrevistados indicaram que a demanda foi restringida por taxas de inflação fortes e por uma economia cada vez mais frágil", apontou o Markit, destacando que o volume de novos negócios do exterior também caiu.

      Diante de necessidades menores de produção e tentando reduzir os custos, as indústrias cortaram empregos em maio, mês que registrou a maior queda mensal no nível de contratações desde julho de 2009 e em todos os três grupos do setor monitorados.

      O aumento nos custos de energia, que manteve a inflação oficial do país bastante elevada no início do ano, foi citado como razão para o aumento dos preços de compra pelo sétimo mês seguido em maio, bem como das matérias-primas. Houve citações também de que o dólar levou a custos maiores dos insumos importados.

      A indústria brasileira, que vem pesando com força sobre a economia brasileira, encerrou o primeiro trimestre com queda na produção acumulada de 5,9 por cento, demonstrando a fraqueza do setor que deve permanecer ao longo deste ano.

      O Produto Interno Bruto (PIB) da indústria teve diminuição de 0,3 por cento nos três primeiros meses de 2015, de acordo com os dados sobre as contas nacionais divulgados na sexta-feira, que mostraram que o PIB do Brasil encolheu 0,2 por cento de janeiro a março ante os últimos três meses do ano passado.

      ❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com redacao@brasil247.com.br.

      ✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

      iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

      Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: