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Economia

Indústria e varejo têm estoques elevados, o que indica tendência de desaceleração econômica

Em novembro, a confiança no varejo caiu pelo quinto mês consecutivo, atingindo 86,5 pontos

Consumidores fazem compras em shopping (Foto: Valter Campanato/BR)
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247 – A economia brasileira apresentou sinais de melhora em 2023 com a redução dos juros e um maior controle da inflação, mas essas melhorias ainda não refletem plenamente em todos os setores, especialmente na indústria e no varejo, onde se observa um aumento significativo de empresas com estoques excessivos. Este cenário é destacado em um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), evidenciando uma desaceleração em alguns segmentos da economia, segundo reportagem do Valor.

Na indústria, a proporção de empresas com estoques em excesso atingiu o maior nível desde o auge da pandemia. Esse aumento é notável em setores específicos, como veículos, motos, peças, tecidos, vestuário e calçados. De acordo com o levantamento do FGV Ibre, em novembro, o Índice de Confiança da Indústria apresentou uma leve alta de 1,9 ponto, alcançando 92,7 pontos, após quatro meses de queda consecutiva. Contudo, este índice ainda se encontra abaixo do nível de neutralidade, fixado em 100 pontos. Além disso, o Índice de Expectativa subiu de 90,8 para 92,1 pontos, enquanto o Índice de Situação Atual aumentou de 90,9 para 93,3 pontos no mesmo período. O percentual médio anual de empresas industriais com excesso de estoque foi de 13,8% entre janeiro e novembro, superando a média anual de 12,4% de 2020 e sendo o mais alto desde os 15,1% de 2016.

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O setor varejista enfrenta um cenário ainda mais desafiador. Em novembro, a confiança no setor caiu pelo quinto mês consecutivo, atingindo 86,5 pontos. O Índice de Expectativas diminuiu para 84 pontos, uma queda em relação aos 86,7 pontos de outubro. Por outro lado, o Índice de Situação Atual mostrou uma melhora, fechando o mês em 89,4 pontos, comparado a 92,2 pontos em outubro. A média anual de empresas varejistas com estoques excessivos foi de 15,9% de janeiro a novembro, acima dos 13,1% de 2020, e representa o maior índice desde os 16% de 2019.

Esses dados refletem a complexidade do cenário econômico atual, onde melhorias macroeconômicas não se traduzem imediatamente em resultados positivos para todos os setores. O excesso de estoque nas indústrias e no varejo sinaliza uma dificuldade desses setores em capitalizar as condições econômicas favoráveis, gerando preocupações quanto à recuperação plena da economia.

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