Inflação oficial recua e vai abaixo de 1% em abril
Com alívio nos custos da energia elétrica, o IPCA recuou 0,61 ponto percentual e ficou pela primeira vez no ano abaixo de 1% em abril na comparação mensal, fechando o mês em 0,71%; ainda assim, em 12 meses o índice atingiu o nível mais alto em mais de 11 anos
Por Rodrigo Viga Gaier e Camila Moreira
RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) - Com alívio nos custos da energia elétrica, a inflação oficial brasileira ficou pela primeira vez no ano abaixo de 1 por cento em abril na comparação mensal, mas ainda assim em 12 meses atingiu o nível mais alto em mais de 11 anos.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou a alta a 0,71 por cento em abril ante 1,32 por cento em março, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.
Esta é a taxa mais baixa desde novembro, quando o índice avançou 0,51 por cento. Entretanto, no acumulado em 12 meses o IPCA chegou a 8,17 por cento, ante 8,13 por cento em março.
Trata-se da maior alta acumulada desde dezembro de 2003, quando o IPCA atingiu 9,30 por cento, permanecendo assim bem acima do teto da meta do governo, de 4,5 por cento, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos.
O resultado foi divulgado após a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central ter sugerido que ciclo aumento da Selic não terminou.
Os resultados ficaram abaixo das expectativas em pesquisa da Reuters, de alta de 0,76 por cento na base mensal e de 8,22 por cento em 12 meses.
Segundo o IBGE, o principal responsável pelo resultado de abril do IPCA foi o custo da energia elétrica, que desacelerou a alta a 1,31 por cento ante 22,08 por cento no mês anterior, quando refletiu a revisão das tarifas em todas as regiões pesquisadas.
Os custos da energia vêm sendo o maior destaque no início do ano, em meio ao uso da bandeira tarifária, repassando ao consumidor os custos mais altos de geração devido à falta de chuvas, e à entrada em vigor de revisões tarifárias extraordinárias.
O grupo com maior impacto foi Alimentação e Bebidas, com 0,24 ponto percentual após alta de 0,97 por cento, mas o que registrou maior variação no mês foi Saúde e Cuidados Pessoais, com avanço de 1,32 por cento.
(Reportagem adicional de Pedro Fonseca)
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