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Economia

Investimento internacional jorra no Brasil

Segundo dados do Banco Central, o País recebeu US$ 8,4 bilhões em julho e a meta de atingir US$ 50 bilhões no ano será facilmente superada

Investimento internacional jorra no Brasil (Foto: Divulgação)
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Por Tiago Pariz

BRASÍLIA (Reuters) - O Brasil continua recebendo fortes fluxos de Investimento Estrangeiro Direto (IED), contribuindo para o equilíbrio das contas externas num momento de turbulência internacional. E a tendência é esse ritmo permanecer.

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O Banco Central informou nesta quinta-feira que entraram no país 8,421 bilhões de dólares em IED, de maneira líquida, financiando com ampla folga o déficit em transações correntes de 3,766 bilhões de dólares registrado no período.

O valor de investimentos produtivos no mês passado é recorde para julho e o maior desde dezembro de 2010, quando houve superávit de 15,374 bilhões de dólares. O resultado do mês passado foi acima do esperado pelo próprio BC, de 7 bilhões de dólares.

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"Nós esperávamos um arrefecimento (no IED) no segundo semestre tendo em vista o cenário internacional, mas isso não está se efetivando. O que estamos vendo é um ingresso forte", afirmou o chefe do departamento Econômico da autoridade monetária, Tulio Maciel.

"A projeção para o IED tem um viés claramente para cima", acrescentou ele.

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Entre janeiro e julho, o resultado do investimento produtivo está em 38,141 bilhões de dólares --já respondendo por 76,3 por cento da atual estimativa de 50 bilhões de dólares neste ano do BC-- e acima dos 29,108 bilhões de dólares de déficit em transações correntes no período.

"Estamos caminhando para um ano que o déficit (em conta corrente) seja integralmente financiado pelo IED, que é a melhor forma de financiamento", afirmou Maciel, ressaltando ainda que os dados do déficit em transações correntes estão em linha com a projeção de 56 bilhões de dólares para o ano.

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Em agosto, até o dia 21, o país já registra IED de 2,3 bilhões de dólares e, com isso, o BC calcula que fechará o mês em 4 bilhões de dólares.

ORIGENS FINANCEIRAS

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A maior parte do IED em julho veio de operações feitas no segmento serviços financeiros, com 3,198 bilhões de dólares ingressando na participação no capital. Desse total, a maior parte, segundo Maciel, teve origem na Suíça.

O paraíso fiscal europeu sozinho foi origem de cerca de 40 por cento do IED visto em julho, com 3,428 bilhões de dólares. Em segundo lugar aparecem os Países Baixos, com 1,465 bilhão de dólares.

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De acordo com técnico do BC, por conta do bom resultado do setor financeiro, no mês passado houve um movimento atípico em que prevaleceram as operações acima de 1 bilhão de dólares. Segundo Maciel, normalmente esses recursos estão mais diluídos em todas as faixas de aplicação.

PORTFÓLIO

Enquanto o ingresso de recursos produtivos estão fortes, a busca pelo mercado de capitais mostra sinais de cansaço. No mês passado, os investidores estrangeiros compraram, de maneira líquida, 79 milhões de dólares em ações negociadas no país, contra 1,752 bilhão de dólares em julho do ano passado.

Esse movimento deve se recuperar um pouco, no entanto, em agosto. O dado parcial de 21 de agosto, segundo Maciel, mostra que 2,080 bilhões de dólares foram negociados por estrangeiros no mercado acionário brasileiro.

Em renda fixa, houve superávit de 657 milhões de dólares em títulos negociados no Brasil em julho e, em agosto até o dia 21, a entrada líquida estava em 368 milhões de dólares.

REMESSAS

O resultado das transações correntes de julho foi influenciado pela remessa líquida de lucros e dividendos, que fechou o mês passado em 1,719 bilhão de dólares, acumulando no ano 11,700 bilhões de dólares.

Ambos os resultados são um pouco inferiores ao do ano passado, que ficaram em 1,822 bilhão e 20,590 bilhões de dólares, respectivamente. Mas continuam mostrando que as multinacionais instaladas no país permanecem enviando recursos para suas matrizes neste momento de crise internacional.

Pesou também em julho o gasto de brasileiros com viagens ao exterior, que superou o de estrangeiros no mês passado em 1,464 bilhão de dólares, contra 1,759 bilhão de dólares em julho de 2011.

(Reportagem adicional de Luciana Otoni e Alonso Soto)

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