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Economia

Itaú e Credit lançam grito de pânico sobre economia

No mesmo dia em que o ministro Guido Mantega cancelou uma viagem a um encontro do G-20, em Moscou, para definir cortes orçamentários, o Itaú divulga relatório apostando que a meta de superávit não será cumprida; no Credit Suisse, o financista Luis Stuhlberger solta carta com 18 pontos sobre o “colapso” do modelo econômico brasileiro; no Brasil, no entanto, taxa de desemprego ainda resiste em níveis muito baixos e Mantega obteve apoio de outros empresários, argumentando que bem-estar social vem sendo preservado

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247 – O anúncio de que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, cancelaria uma viagem a Moscou, para uma reunião do G20, com a finalidade de definir cortes no orçamento, em conjunto com a presidente Dilma Rousseff, não foi suficiente para fazer com que o Itaú, instituição financeira comandada por Roberto Setubal, aumentasse sua boa vontade em relação ao governo federal.

Segundo relatório do economista Mauricio Oreng, do Itaú Unibanco, para cumprir a meta de superávit primário, de 2,3% do PIB, os cortes deveriam ser de R$ 30 bilhões – e não de R$ 13 bilhões, como deve ser anunciado por Mantega, que garante que a meta será cumprida.

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Em outra instituição financeira, a má vontade é ainda maior. No Credit Suisse, o financista Luis Stuhlberger divulgou uma carta com 18 pontos apontando o que chama de “colapso” do modelo econômico brasileiro. Eis um trecho:

Sinais evidentes do colapso do modelo econômico brasileiro:

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o que está acontecendo e/ou pode acontecer...

1) PIB do triênio 2011/2012/2013 estagnado na faixa de 2% a.a. ou menos e sem perspectiva de melhora.

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2) Estímulos fiscais e creditícios em quantidades significativas, oferecidos pelo governo, surtem pouco efeito.

3) Inflação sem desonerações rodando entre 7% a.a. e 8% a.a.

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4) Demanda de consumo moderada somada à oferta insuficiente geram inflação endemicamente alta.

5) Deterioração da conta-corrente, mesmo com os termos de troca ainda altos, piora continuamente nosso câmbio de equilíbrio.

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6) “Good inflation” (inflação de serviços – inflação de duráveis) termina, o que diminui a popularidade presidencial.

7) Esqueletos em bancos públicos, subsídios a educação universitária, energia e transporte geram potencial aumento (guestimating) de 10 a 15 pontos na dívida líquida/PIB quando

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forem reconhecidos.

8) Sustentabilidade fiscal de longo prazo pode ser colocada em xeque, dado o risco de diminuição de arrecadação de impostos nos anos vindouros. Despesas com pouca margem de compressão continuam crescendo em termos reais.

9) Provável rebaixamento por agências de classificação de risco de crédito.

10) Pacto federativo entre União, estados e municípios, com tensões crescentes, causadas pelas necessidades pós-manifestações de investimentos relevantes em educação, saúde e mobilidade urbana.

11) Investimento Estrangeiro Direto (IED) deve diminuir no próximo ano, dada a incerteza eleitoral. 

12) Relações entre PT e base aliada deteriorando-se continuamente.

13) Surgimento de candidaturas “ético-sonhadoras-populistas” x “socialismo do século XXI”.

14) O PT fará todos os esforços para ganhar a eleição presidencial, e a conta que sobrará para 2015 será relevante.

15) Carga tributária de 36% do PIB, com impostos sobre produção e consumo beirando 15% do PIB.

16) A falta de competitividade e os 20 anos de investimento em um patamar de 4% do PIB a menos do que deveria deixam-nos em uma situação frágil perante outros países emergentes, como Coreia, México, Chile, etc., além do renascimento industrial americano.

17) Ameaça de novos impostos, como: CPMF versão século XXI, etc. para tentar manter o equilíbrio fiscal.

18) Ausência total de debate sobre reforma trabalhista e agenda “realmente” positiva.

Por todos esses 18 pontos que citamos e mais alguns que devemos ter deixado passar, as opcionalidades continuam do lado negativo/defensivo.

Apesar do pessimismo dos banqueiros, Mantega tem destacado, nos encontros com empresários, que o Brasil tem conseguido manter indicadores positivos no tocante à renda e ao emprego da população. Dias atrás, num encontro com pesos-pesados da economia, Mantega recebeu apoio apesar de todas as críticas de que tem sido alvo na mídia (leia mais aqui).

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