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Juros vão cair para 9%, avisa Tombini

Presidente do Banco Central confirma Dilma corte da taxa Selic esperado pelo mercado financeiro. Depois, avaliar os efeitos dos estmulos dados economia, diz

Juros vão cair para 9%, avisa Tombini (Foto: Rodrigo Capote/Folhapress)

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247 – Segundo informações do blog de Vicente Nunes, no Correio Braziliense, a presidente Dilma Rousseff foi avisada pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que o Comitê de Política Monetária (Copom) vai cortar na próxima quarta-feira, 0,75 ponto percentual da taxa básica de juros (Selic), de 9,75% para 9% ano, como espera todo o mercado financeiro. Depois disso, o BC avaliará os efeitos que isso causará na economia.

Leia o artigo de Vicente Nunes:

A presidente Dilma Rousseff já foi avisada pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que o Comitê de Política Monetária (Copom) sacramentará, na próxima quarta-feira, o corte de 0,75 ponto percentual da taxa básica de juros (Selic), de 9,75% para 9% ano, como espera todo o mercado financeiro.

Tombini deixou claro, também, segundo interlocutores de Dilma, que a tendência do Copom será a de encerrar o processo de afrouxamento monetário, para que o BC possa avaliar, com cuidado, todos os efeitos dos estímulos dados à economia. A instituição acredita que, já no segundo semestre deste ano, a atividade estará respondendo a todos os incentivos, o que tende a impactar a inflação, mesmo que com pequena intensidade.

O BC já dispõe de números mostrando que o primeiro trimestre foi ruim para a economia, a despeito das ações tomadas pelo governo: juros em baixa, maior facilidade para o crédito e incentivos à indústria, como o corte do IPI sobre produtos da linha branca. Essa fragilidade, por sinal, será reforçada pelo próprio BC por meio do seu índice de atividade (IBC-br), que, nas contas do economista-chefe do Espírito Santo Investment Bank (BES), Jankiel Santos, teria caído 0,4% em fevereiro, a segunda retração mensal seguida.

Jankiel endossa, por sinal, a redução de 0,75 ponto da Selic na próxima semana. "Em nossa opinião, não faria sentido acelerar o ritmo de baixa dos juros, como fizeram em março passado, para pisar no freio logo depois", diz. Ele ressalta que, apesar da importância da decisão, acredita que o aspecto mais relevante da reunião será o comunicado do Copom que a revelará. "Afinal de contas, se o BC pretende se manter fiel a sua sinalização, deveria anunciar que o corte da próxima semana será o último do atual ciclo de redução", acrescenta.

Para Jankiel, as expectativas de inflação dos agentes de mercado continuam sinalizando um resultado acima do centro da meta, de 4,5%, e o comportamento dos núcleos inflacionários também apontam para a mesma direção, o que deveria frear qualquer afrouxamento monetário. "Contudo, o BC afirmou, na ata da reunião anterior do Copom, que a taxa básica de juros será reduzida para um patamar ligeiramente acima do mínimo histórico (8,75% ao ano)", frisa.

No entender do economista do BES, caso a autoridade monetária não sinalize o fim do ciclo de cortes da Selic de maneira explícita, os agentes econômicos passarão a incorporar novas reduções, especialmente diante da obsessão do governo brasileiro em garantir uma expansão econômica de pelo menos 4% neste ano. "Contudo, é importante ter em mente que os efeitos dos recentes incentivos ainda não se materializaram e deverão se somar às pressões inflacionárias correntes. Por esse motivo é que julgamos ser importante o BC deixar muito claro que não irá conceder estímulo monetário adicional", enfatiza Jankiel.

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