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    Justiça bloqueia mais de R$ 100 milhões do Banco Rural

    Às vésperas do julgamento do mensalão, que envolve diretores e ex-dirigentes do banco, TST autoriza bloqueio e execução de bens, em valores atualizados, para pagar dívidas trabalhistas da extinta Vasp, de Wagner Canhedo

    Justiça bloqueia mais de R$ 100 milhões do Banco Rural (Foto: Edição/247)
    Luciane Macedo avatar
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    247 - O Tribunal Superior do Trabalho (TST) autorizou o bloqueio e execução de bens no valor de mais de R$ 100 milhões do Banco Rural para o pagamento de dívidas trabalhistas do empresário Wagner Canhedo, ex-dono da extinta Vasp.

    A Justiça entendeu que o Rural auxiliou Canhedo em "cristalina fraude" para tentar ocultar patrimônio e evitar a penhora de bens. O caso remete a 2004, quando o banco, através da Rural Agroinvest S.A., comprou bois da Agropecuária Vale do Araguaia, de Canhedo, quando ele já não podia se desfazer de bens por conta de dívidas trabalhistas reconhecidas pela Justiça e nunca pagas. A Vasp faliu em 2008.

    Segundo o jornal Hoje em Dia, além da venda de gado (foram duas, de 71.600 cabeças), a juíza Soraya Galassi Lambert também julgou "ineficazes" as vendas de Canhedo à Securinvest Holding S/A, pertencente ao grupo Rural, do Hotel Nacional, em Brasília, e outro imóvel em Guarulhos, na Grande São Paulo.

    Mensalão

    A decisão do TST ocorre às vesperas do início do julgamento do mensalão, no qual vários diretores e ex-dirigentes do Rural estão envolvidos. O banco é acusado de fazer empréstimos ao PT e a agências e empresas de Marcos Valério -- dinheiro que seria usado para comprar o apoio de parlamentares ao governo Lula.

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