Justiça suspende obras da Vale
Mineradora, que vai recorrer da decisão, teve de interromper duplicação da Estrada de Ferro Carajás, parte de projeto de US$ 4 bi. Ação civil pública visa proteger povo indígena e outras 80 comunidades
247 - A Vale teve de interromper as obras de ampliação da Estrada de Ferro Carajás, parte de um projeto de logística de US$ 4,1 bilhões, por determinação da 8ª Vara da Justiça Federal do Maranhão, que suspendeu a continuidade das obras e o processo de licenciamento ambiental concedido pelo Ibama. As obras de duplicação da ferrovia já avançaram 77% e a Vale já investiu US$ 2,8 bilhões.
A decisão atende a uma ação civil pública ajuizada pela Sociedade Maranhense de Direitos Humanos, o Conselho Indigenista Missionário e o Centro de Cultura Negra do Maranhão, cujo objetivo é evitar "graves danos a espaços especialmente protegidos e ao modo tradicional de vida do povo indígena Awa Guajá", além de prejuízos a cerca de outras 80 comunidades remanescentes de quilombos. Os réus são a Vale e o Ibama.
A Vale informou que vai recorrer da decisão, alegando que o projeto cumpre todas as exigências legais e ambientais, rigorosamente. A duplicação é essencial para que a maior mineradora do mundo viabilize seus planos de aumento da produção de minério de ferro.
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